Em março, o indicador registrou crescimento de apenas 1,3%. Parte desta queda deve ser creditada ao efeito calendário, dada a diferença de dois dias úteis entre março de 2013 (sem Carnaval) e 2014 (com). Outro fator é o crescimento da taxa de inflação, principalmente no segmento de alimentação, o que influencia negativamente nas expectativas de compras do consumidor.
Em relação às expectativas de vendas para abril, os associados apontam alta de 7,2% em relação ao mesmo mês de 2013, influenciada pela Páscoa.
Com a manutenção das alíquotas reduzidas do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para a linha de móveis e linha branca, os associados divulgaram que o segmento de bens duráveis atingiu alta de 11,3% em março. Para abril, maio e junho, a expectativa é de alta de 7%, 7,9% e 5,2%, respectivamente.
“O primeiro trimestre de 2014 apresentou indicadores expressivamente superiores aos de 2013, com média de crescimento do IAV-IDV de 5,2% contra 2,2% no ano passado, sugerindo perspectivas melhores para o varejo nacional neste ano, ao menos pelas perspectivas de nossos associados. Emprego, renda e crédito, embora com tendência de taxas de crescimento mais baixas, ainda não indicam um obstáculo para um crescimento superior ao de 2013. Neste mês, o cenário econômico nacional também foi marcado pela continuidade do aperto monetário do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que se reuniu nos dias 1º e 2 e decidiu pelo aumento da taxa básica de juros em 0,25 p.p., passando de 10,75% para 11% ao ano. Foi o nono aumento consecutivo na taxa Selic, maior nível desde novembro de 2011”, analisa o presidente do IDV, Flávio Rocha.