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Governo cria grupos para rever PNAD

O governo federal publicou nesta terça-feira (23) no "Diário Oficial da União" a criação de dois grupos para avaliar erros nos dados Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2013, divulgados nesta quinta (18). Uma comissão, ligada ao Ministério do Planejamento, vai identificar "eventual necessidade de revisão" nos dados. Outra comissão, de sindicância, ligada à Casa Civil, vai apurar os responsáveis pela falha.

A presidente do IBGE, Wasmália Bivar, pediu desculpas por erros "extremamente graves" durante entrevista coletiva no Rio, na sexta (19). O problema foi identificado nos dados das regiões metropolitanas de sete estados brasileiros.
O equívoco afetou diversos índices divulgados, como analfabetismo e o índice de Gini, que calcula o nível de desigualdade no país. O valor desse índice varia de zero (a perfeita igualdade) até um (a desigualdade máxima).
Segundo o IBGE, a desigualdade de renda proveniente do trabalho diminuiu em vez de aumentar, como primeiramente constava na pesquisa divulgada. Na quinta foi informado que o índice foi de 0,496 (em 2012) para 0,498 (em 2013). Mas o número correto, segundo o IBGE, é de 0,495.

O índice de analfabetismo caiu de 8,7%, em 2012, para 8,5% em 2013 - e não 8,3% como primeiramente informado. O número médio de anos de estudo dos brasileiros com dez ou mais anos de idade aumentou de 7,5 para 7,6.
Os números corretos da divisão da população entre sexos são de 51,4% (mulheres) e 48,6% (homens).

A taxa de desocupação foi mantida em 6,5%, como originalmente informado, uma alta em relação a 2012 que era de 6,1%. Mas o aumento da população desocupada, segundo o anúncio do IBGE, foi menor: não era 7,2% e sim 6,3%. São 6,6 milhões de pessoas desocupadas. Também houve correção sobre a queda de emprego de jovens entre 5 e 17 anos. O dado correto é de 10,6%.

Veja o artigo “Pesquisa do IBGE não enxerga móveis” no blog do Ari.

Com informações do G1
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