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Operação da Justiça do PR foca em Arapongas

Por Daniela Maccio - 11 de Fevereiro 2016
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Supostos pagamentos de propina por empresários do setor moveleiro de Arapongas a auditores da Receita Estadual são o foco da quinta ação por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público relativa à Operação Publicano. Deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a operação iniciou em março do ano passado para investigar a existência de uma organização criminosa no órgão fazendário. Ao todo, são 24 requeridos, sendo 13 auditores fiscais, quatro empresários, quatro empresas e três contadores.

 

O MP pediu que parte dos réus - excluindo-se três empresários, três empresas e um contador que firmaram acordos de delação premiada com a Promotoria - devolva os valores recebidos indevidamente a títulos de propinas, que somam pouco mais de R$ 300 mil, e quer o pagamento de R$ 4 milhões em danos morais difusos pelos réus. Para garantir o futuro ressarcimento, em caso da ação ser julgada procedente, pediu-se o bloqueio de bens.

 

O juiz Marcus Renato Nogueira Garcia acatou parcialmente o pedido e decretou a indisponibilidade de bens no montante de R$ 2 milhões de cada réu, salvo dos que são colaboradores e de um auditor cujo crime estaria prescrito. A ação, ajuizada em 11 de janeiro, revela que esta não será a única envolvendo o setor moveleiro. Serão propostas outras ações referentes ao ramo moveleiro em razão da grande quantidade de empresas desse segmento envolvidas no esquema de corrupção arquitetado no âmbito da Receita Estatual do Estado do Paraná, escreveram os promotores do Gaeco, autores da demanda.

 

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