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Setor moveleiro precisa da ajuda do governo

Por Daniela Maccio - 26 de Maio 2015
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O consumo caiu, os encargos aumentaram, o pessimismo cresceu e o horizonte está nebuloso. O tradicional otimismo do presidente da Associação dos Moveleiros do Oeste de SC (Amoesc) e do Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Vale do Uruguai (Simovale), Osni Carlos Verona, foi neutralizado, neste ano, pelo novo cenário da economia brasileira.

 

Os percalços com o “custo Brasil”, o aumento da carga de tributos e a perda de competitividade criam – na visão de Verona – “um cenário assustador que desanima investimento da indústria em tecnologia e inovação”.

 

Desta forma, segundo Verona, a produção da indústria caiu em torno de 8%, na média geral, neste primeiro trimestre. “O setor está contratando menos e em alguns segmentos, quando há demissões, não está ocorrendo a reposição de mão de obra. Estão inovando com automação de baixo custo para suprir a demanda, com os recursos existentes dentro das empresas para fazer frente a este cenário caótico que se instalou no Brasil”, afirma.

 

Sobre as exportações, o empresário explica que a depreciação do real não facilitou. “Tudo está mais caro para produzir desde a aquisição de matéria-prima e insumos que são importados. Com o custo logístico mais caro devido reajuste até dos combustíveis, estamos fazendo e entregando mais com menos rentabilidade e os indicadores de endividamento das empresas estão aumentando assustadoramente”, conta.

 

De acordo com ele, o Amoesc/Simovale está reivindicando e até suplicando aos representantes do segmento que olhem de forma diferente para a indústria de transformação para amenizar os prejuízos e desvantagens de logística que existe no grande oeste de Santa Catarina. “Por exemplo, subsídio nos preços dos combustíveis, energia elétrica, negociação coletiva de trabalho e menos imposto sobre a folha para quem está contratando”, ressalta. Porém, sem resultado até o momento.

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