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Adelino Colombo busca perpetuar atuação da rede

Por Edson Rodrigues - 24 de Setembro 2014
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Poucas coisas costumam incomodar tanto o presidente do conselho de administração das Lojas Colombo, Adelino Raymundo Colombo, quanto os frequentes rumores acerca da venda do negócio fundado por ele há exatos 55 anos, no munícipio gaúcho de Farroupilha. Otimista por natureza e conservador por experiência, o empresário diz ter apenas uma preocupação: perpetuar a rede varejista que conta, atualmente, com 265 filiais no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná.

Homenageado no dia 23 de setembro com a Medalha do Mérito Farroupilha, concedida pela Assembleia Legislativa do Estado, o empresário de 83 anos se recusa a falar de aposentadoria e mantém a sua rotina diária no escritório da empresa, localizado em Farroupilha. Segundo Colombo, nem o enfraquecimento das vendas ocasionado pela realização da Copa do Mundo será capaz de derrubar a projeção de faturamento, que já se aproxima do alvo de R$ 2 bilhões em 2013. O valor, que supera em 21% a receita de R$ 1,650 bilhão obtida em 2012, deve atingir a casa de R$ 2,2 bilhões em 2015, em nova alta de 12% prevista no planejamento.

O empresário dedicou boa parte de seu tempo nos últimos anos à organização de um processo de sucessão, que para o espanto de muitos terá de ser “profissional” e não “familiar”. Isso porque nenhum dos quatro filhos demonstrou interesse em participar de maneira mais efetiva da administração da empresa, considerada a 64ª maior companhia da Região Sul, segundo ranking elaborado pela consultoria PwC em 2013. A posição é fruto de um intenso trabalho que também coloca a empresa na 7ª colocação entre as maiores atacadistas e varejistas do Sul do País.

O foco nos três estados da região Sul, no entanto, é recente. Somente em 2012, a marca, que ostenta a 1ª posição no segmento específico de comércio de eletroeletrônicos e móveis, anunciou a então “retirada estratégica” de São Paulo do maior mercado consumidor brasileiro, onde estava estabelecida desde 1999. O “encolhimento”, segundo Colombo, foi fruto de uma oferta “irrecusável” da rede Cyberlar pelas 65 unidades paulistas. Bem-humorado com a distinção recebida, o empresário não fugiu de perguntas para questões que frequentemente provocam incertezas sobre o futuro e o legado da rede. De bate-pronto, ele afasta polêmicas e projeta no mínimo mais 10 anos à frente do negócio.

Informações: Jornal do Comércio

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