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Casas Bahia despenca e perde R$ 32 bilhões em valor desde 2020

Revisado Natalia Concentino - 15 de Setembro 2023
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As ações do Grupo Casas Bahia afundaram na B3 na quinta-feira (14) após a oferta subsequente da companhia sair com um forte desconto em relação ao preço de tela, um baque em seu mais recente esforço para levantar recursos e reduzir a sua dívida.

 

A Casas Bahia – anteriormente conhecida como Via – vendeu novas ações a 80 centavos de real cada uma na noite passada, um desconto de 28% em relação ao preço de fechamento de quarta-feira (13), levantando cerca de R$ 623 milhões.

 

Se os bônus de subscrição incluídos na transação forem integralmente exercidos, o valor subiria para R$ 1,1 bilhão, informou a empresa em comunicado ao mercado.

 

As ações chegaram a cair até 32%, para 76 centavos, na manhã de quinta-feira, com a negociação das ações interrompida diversas vezes pela B3. No fechamento, a queda foi de 18,92%, para R$ 0,90.

 

Os papéis recuaram 96% desde a máxima atingida em 2020, quando dispararam em meio ao salto do comércio eletrônico impulsionado pelas restrições à circulação de pessoas no começo da pandemia. O tombo desde então eliminou cerca de R$ 32 bilhões em valor de mercado.

 

Investidores estão cada vez mais preocupados com a alta alavancagem da empresa e os fracos resultados operacionais. A companhia, que trocou seu CEO - o executivo Renato Franklin assumiu no lugar de Roberto Fulcherberguer - no fim de março, registrou prejuízo de R$ 492 milhões no segundo trimestre. A Casas Bahia afirmou que usará os recursos da oferta para melhorar sua estrutura de capital.

 

leia: Via aprova mudança de nome e vai se chamar Grupo Casas Bahia

 

Espera-se que os detentores de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) da Casas Bahia se reúnam logo depois que a S&P Global Ratings rebaixou a dívida local na semana passada. Os detentores desses papéis decidirão se declaram o vencimento antecipado das notas devido ao corte.

 

A Casas Bahia é uma dos varejistas mais populares do Brasil. A rede foi fundada na década de 1950 pelo imigrante polonês Samuel Klein. Seu filho e magnata do varejo Michael Klein e atual acionista demonstrou interesse em participar da oferta.

 

(Veja mais em Bloomberg.com)

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