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Empresa de painéis apresenta balanço negativo no 3º trimestre

Revisado Natalia Concentino - 08 de Novembro 2024
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Foto: Freepik

A Dexco (ex-Duratex) reportou alta do lucro líquido de 93%, mas queda de 41,8% do lucro líquido recorrente, para R$ 94,8 milhões no terceiro trimestre.

 

“Mesmo com a conjuntura macroeconômica começando a demonstrar leves sinais de melhora com o aumento dos índices de confiança e queda da taxa de juros, ainda não há impacto significativo nos segmentos de atuação da Dexco”, afirmou a empresa em comunicado.

 

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado recorrente encolheu 30,7%, com queda em margem, enquanto a receita líquida consolidada caiu 18,2%, com declínio no volume expedido nos três segmentos em que atua (Deca, Revestimentos Cerâmicos e Painéis).

 

“Ainda em meio a um cenário de mercado adverso, a companhia também foi impactada por um período de ajuste operacional nas Divisões Madeira e Metais e Louças em julho devido à implementação do novo ERP”, afirmou a empresa no material de divulgação do balanço à Comissão de Valores Mobiliários.

 

“Além disso, a melhora no preço de insumos na Divisão Madeira não foi suficiente para compensar os impactos decorrentes da adequação fabril da Divisão de Acabamentos à demanda atual de mercado”, acrescentou.

 

leia: Lucro líquido da Duratex sobe 41,2% e alcança R$ 126,3 milhões

 

A companhia também encerrou setembro com dívida líquida de 4,7 bilhões de reais, aumento de 22,9% em relação ao terceiro trimestre de 2022, com a alavancagem medida pelo endividamento líquido/Ebitda recorrente e ajustado saltando a 3,47% vezes, de 1,96 vez um ano antes. No final de junho, era 3,08 vezes.

 

Analistas do JPMorgan consideraram o balanço negativo, afirmando esperar uma revisão para baixo nas projeções de mercado para a companhia.

 

O Goldman Sachs também apontou os números como fracos. “Apesar de alguns sinais de melhoria sequencial do mercado para o importante segmento de madeira, a ausência de vendas de toras no trimestre levou a um Ebitda de 16% abaixo em relação às nossas estimativas. Entendemos que a produção de painéis melhorou e levou a uma menor quantidade de toras disponíveis para venda, mas a melhoria foi apenas marginal e ficamos surpresos que a empresa não monetizou o excesso de madeira no trimestre”, apontou.

 

Fonte: https://www.infomoney.com.br

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