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Estoque elevado adia investimentos da indústria

Por Edson Rodrigues - 11 de Dezembro 2014
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O período de ajustes que a indústria brasileira atravessa, com demissões, concessão de férias coletivas e fraco ritmo de produção, ainda não foi suficiente para reduzir os estoques para níveis que estimulem as fábricas a voltar a investir na produção. Na média de outubro e novembro, metade dos 14 ramos industriais pesquisados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na Sondagem Conjuntural da Indústria apontaram estoques acima do normal.

O quadro é mais preocupante nas categorias de bens de capital e duráveis. A parcela de empresários que considera excessivo o volume de estoques chegou, no mês passado, a 26,6% e 44,8%, respectivamente. O excesso vem sendo registrado desde o segundo semestre de 2013. Apenas 13,3% dos executivos dos outros ramos industriais acreditam que seus estoques estejam elevados.

"Nos bens duráveis há um cenário de dificuldade para que o setor consiga reequilibrar seus estoques", diz Aloisio Campelo Jr., superintendente-adjunto de ciclos econômicos da FGV, citando fatores como uma maior cautela do consumidor, a retirada dos descontos do IPI dos carros na virada do ano e a sinalização de que os juros continuarão subindo e a política fiscal não será anticíclica no próximo ano.

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