IMG-LOGO

ForMóbile apresenta a indústria do futuro

Por Marina - 02 de Julho 2018
celula_producao_circuito_manufatura_do_futuro_img_2.png
Célula de produção do circuito manufatura

A Indústria 4.0 é um dos assuntos destaques que permearão o espaço dedicado ao conteúdo na 8ª edição da ForMóbile – Feira Internacional da Indústria de Móveis e Madeira, que acontece na próxima semana de 10 a 13 de julho de 2018, no São Paulo Expo.

 

O tema será abordada em palestras e talks em uma das áreas de conteúdo específico, a Indústria do Futuro. Segundo Liliane Bortoluci, diretora da ForMóbile, a motivação inicial para criar o espaço Indústria do Futuro veio dos resultados das pesquisas realizadas com visitantes nas edições anteriores. Como a feira recebe diferentes perfis de visitantes – entre marceneiros, fabricantes de móveis em série, designer e outros profissionais –, a pluralidade de perfis fez com que a organização criasse áreas de conteúdo e experiências simultâneas que fossem direcionadas aos diferentes públicos.

 

Dessa maneira, a Indústria do Futuro nasceu como uma área focada em levar tecnologia, possibilidades e novidades para a indústria. O espaço abrange uma área de palestras que trará debates como ‘Conceitos, desafios e impacto da Indústria 4.0 no Brasil’, ‘Cenários econômicos para os próximos anos e seus efeitos na indústria moveleira’, entre outros, acontecendo todos os dias da feira, em diversos horários.

 

O conceito da Indústria 4.0 não poderia ficar de fora, comenta a diretora. “Apesar de não ser um assunto novo, tem sido muito pautado por conta de novas tecnologias que estão surgindo e também a mudança de comportamento dos compradores”, afirma.

 

Para Liliane, é importante pontuar que apenas recentemente a indústria nacional está investindo e buscando soluções rumo ao patamar proposto pelo conceito. “Inclusive pensando em formas de conectar as máquinas atuais dos parques fabris nesse sistema, pois o industrial pode aplicar a Indústria 4.0 em determinadas etapas da fabricação do móvel, e não trocar toda sua linha de produção de uma vez”, observa.

 

Leia também:
- Formóbile investe em marketing de conteúdo
- Boyteks faz sua estreia na Formóbile
- Kisafix lança linha de de selantes e silicone

 

A diretora ainda contextualiza que ao contrário do que muitos pensam, “não é só no Brasil”, mas mundialmente ainda há muito o que fazer para que se possa chegar na 4ª Revolução Industrial. “Nesse momento que representa uma transição, o que sabemos é que a transformação é iminente. Toda a indústria precisa se adaptar e tem capacidade para isso”, afirma, acrescentando que “o sistema de trabalho nas empresas vai mudar e os colaboradores terão de se adaptar, com investimento e qualificação. Isso vai elevar o nível de produção no geral e vai possibilitar a fabricação e personalização de produtos em larga escala, com qualidade, em menores prazos e muito mais controle”.

 

Circuito Manufatura 

 

Além de uma área de palestras que trará debates sobre temas relacionas à indústria, os conceitos da Indústria 4.0 serão “ilustrados” aos visitantes por meio de um circuito que une automação, robótica, e as tecnologias mais avançadas para transformar, de forma abrangente, toda a esfera da produção industrial, explica Liliane. 

 

É aí que entra o chamado Circuito Manufatura do Futuro, realizado pela parceria da feira com três empresas: a Stäubli, a Nova Tecnologia e a Brasmacol. As empresas mostrarão parte da cadeia da Indústria 4.0 a partir da produção de um exemplar de Tangram, quebra-cabeça chinês formado por um conjunto de sete peças – cinco triângulos, um quadrado e um paralelogramo. Do início ao fim do processo, o conceito da nova revolução, “a de que a indústria se comunica com certa autonomia”, será comprovado por um processo de manufatura totalmente flexível, interconectado e inovador que agrega tecnologias avançadas e acessíveis. 

 

Liliane explica que cada etapa do circuito acontecerá sem a utilização de conexões físicas entre as máquinas e equipamentos. “Os visitantes também poderão participar e interagir com as partes do processo industrial, desde o processamento do pedido do Tangram até a retirada do produto final exclusivamente produzido para ele”, complementa.

 

Segundo a diretora, tudo que será apresentado no espaço é viável ao setor moveleiro. “As empresas que estão envolvidas nesse projeto, inclusive, atendem ao setor de móveis e também de outros segmentos. É importante ressaltar também que as empresas envolvidas no espaço estarão disponíveis para esclarecimentos, reuniões e sugestões de aplicação da tecnologia para os fabricantes de móveis”.  

 

Reflexão sobre o tema

 

Para Liliane, a Indústria 4.0 pode ajudar o setor a produzir móveis melhores. “A evolução tecnológica, Internet das Coisas e a conectividade faz com que as empresas possam facilmente alternar entre formatos de fabricação, ter mais eficiência nos processos, integração com o cliente, e produzir móveis com grande valor agregado”, argumenta.  

 

O fundamento básico do conceito implica em que, conectando máquinas, sistemas e ativos, as empresas poderão criar redes inteligentes ao longo de toda a cadeia de valor, que podem controlar os módulos da produção de forma autônoma, segundo ela. “Ou seja, as fábricas inteligentes terão a capacidade e autonomia para reduzir custos, prever falhas nos processos e se adaptar aos requisitos, melhorar a qualidade e capacidade”, argumenta.

 

Durante a feira, a ideia é induzir os visitantes a pensarem sobre esses aspectos e fazer com que eles descubram que a inovação está mais perto e é mais viável do que todos imaginam.  “É um despertar e uma maneira de colaborar com o entendimento de que a Indústria 4.0 é uma realidade”, conclui. 

 

Máteria publicada originalmentena Móveis de Valor 176. Para conferir a edição completa clique aqui

Comentários