Gigante chileno vai vender móveis no Brasil
O grupo chileno Falabella, quarto maior varejista da América Latina, desembarcou definitivamente no mercado brasileiro. Dona da rede de materiais de construção Dicico desde 2013, a empresa inaugurou, na quarta-feira (10), na cidade de Barueri (SP), a primeira megaloja da marca Sodimac - que é líder no mercado de produtos para casa no Chile e ainda não tinha presença no Brasil.
No varejo, o segmento de materiais de construção e artigos para casa é o mais relevante para a companhia, com receita de US$ 5,6 bilhões no ano passado. As duas (Dicico e Sodimac) operam em formatos diferentes: a rede brasileira é especializada em revestimentos, louça sanitária, acabamentos, enquanto a Sodimac atua também em decoração, móveis, utensílios para a casa, como panelas e roupa de cama.
A estreia da Sodimac, que exigiu investimentos de R$ 100 milhões, deve mexer com o setor, liderado por competidores como Leroy Merlin, Telha Norte e C&C. Para entrar na briga com esses gigantes, a nova rede importou do Chile alguns conceitos inéditos ou que ainda são pouco explorados no mercado brasileiro.
A loja, de 11,5 mil m², oferece, além de produtos para casa - como cerâmica, tinta, luminárias -, serviços de pedreiro, pintor, designer de móveis, aluguel de ferramentas e itens feitos sob encomenda, como cortinas. Esses profissionais podem ser contratados nas lojas e o pagamento é feito no caixa, com garantia de um ano dada pela Sodimac.
Preço
Os chilenos desembarcaram com uma estratégia agressiva, prometendo cobrir os preços da concorrência e dar 10% de desconto em cima deles. Para praticar valores mais baixos, a redução de custos é quase um mantra entre os executivos. "Não trabalhamos com estoques, e as gôndolas foram projetadas para que sejam abastecidas diretamente, assim que os produtos são retirados do caminhão", explica o chileno Francisco Cerda, diretor da Sodimac Brasil.
Em geral, os itens ficam expostos na parte superior dos corredores e as caixas ficam na parte de baixo, ao alcance dos clientes, com etiquetas que trazem uma série de informações técnicas, para diminuir a necessidade de vendedores. Na loja de Barueri, são 220 funcionários.
Com informações de O Estado de S. Paulo.
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