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Indústria critica limite de preço para móveis

Por Edson Rodrigues - 09 de Setembro 2013
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Os preços dos móveis na lista de produtos do programa Minha Casa Melhor já começaram a refletir na indústria moveleira. De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), Daniel Lutz, os valores fixados pelo governo são muito baixos e só permitem a compra de produtos de qualidade inferior. Para ele, o programa atual direciona a compra apenas para a linha branca e para os eletroeletrônicos, preferidos pelos mutuários.

O setor de móveis entregou ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, sugestões para rever preços máximos e incluir novos produtos. A lista atual conta apenas com sofá, guarda-roupa, mesa e cama. De acordo com o jornal Estadão, o Ministério da Fazenda não comentou se planeja revisar o programa.

No início do mês, a Caixa Econômica Federal divulgou que 233,6 mil famílias já contrataram o financiamento, mas segundo Lutz, a indústria de móveis ainda não percebeu nenhum impacto nos pedidos de reposição de estoque. O setor busca que o governo reveja a lista porque a projeção é de que vão ser injetados R$ 18,7 bilhões em compras com o programa.
 
No setor de eletros, a visão sobre o programa é mais positiva. De acordo com o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula, o programa contribuiu para alavancar as vendas durante o ano e deixá-las praticamente no mesmo patamar do resultado "excepcional" registrado no ano passado, quando o governo promoveu a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) da linha branca.

Um dos resultados positivos do Minha Casa Melhor é que foi verificada redução do calote no programa habitacional, já que essa é uma das exigências para financiar móveis e eletrodomésticos.

Confira a tabela com os preços de móveis e eletrodomésticos do programa em nossa fanpage.

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