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Indústrias moveleiras gaúchas faturam abaixo da inflação em 2023

Revisado Natalia Concentino - 23 de Fevereiro 2024
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Foto: Jeferson Soldi

Para criar análises fiéis à realidade das empresas, a Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs) consulta dados oficiais do governo e utiliza os principais indicadores econômicos do Brasil. A interpretação dessas informações mostra que o setor moveleiro gaúcho encerrou 2023 com faturamento nominal de R$ 11.963.096.973,56 (R$ 11.9 bilhões). Esse montante representa um aumento de 3,4% na comparação com 2022, mas, utilizando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) como referência de inflação, o montante não apresentou crescimento real.

 

A produção física industrial e a geração de empregos também são parâmetros analisados pela Movergs. De acordo os dados fornecidos pelo IBGE, a produção do setor moveleiro gaúcho foi 2,7% menor em 2023. Já o balanço do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) aponta que o ano encerrou com com retração de 2,36% no comparativo com 2022 – passando de 36.727 para 35.860 profissionais em atividade no RS.

 

Para o presidente da Movergs, Euclides Longhi, o desempenho do segmento é reflexo de um conjunto de fatores que impactam as indústrias moveleiras de todo o Brasil. “Além dos altos custos de produção, ainda estamos em um momento de redução nas compras de bens duráveis, como móveis. Havendo manutenção efetiva do controle inflacionário, diminuição dos juros, incentivo ao consumo, ao crédito e ao mercado imobiliário, é possível que o segundo semestre de 2024 seja mais favorável para o setor moveleiro”, explica Longhi.

 

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Importante frente de atuação das indústrias de móveis gaúchas, a exportação também encolheu em 2023. De janeiro a dezembro do ano passado, foram transacionados US$ 245.923.843 (quase 246 milhões de dólares) com outros países, sinalizando retração de 3,4% em relação a igual período de 2022. O diretor Internacional da Movergs, Daniel Segalin, destaca que as mudanças no ranking de principais importadores podem apontar novas oportunidades a serem exploradas. “Enquanto Estados Unidos e Chile reduziram suas compras, Uruguai, Paraguai e México aumentaram as importações de móveis gaúchos. É sempre muito importante acompanhar os movimentos do mercado e diversificar as frentes de atuação para fazer bons negócios com parceiros internacionais”, assinala.

 

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