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Intenção de consumo sobe 11,7% em um ano

Por Jeniffer Oliveira - 29 de Novembro 2017
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Em novembro, o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou 82,6 pontos, o maior patamar desde maio de 2015. O crescimento foi de 2,8% em relação a outubro e de 11,7% no contraponto anual. O ICF é apurado mensalmente pela Federação do Comércio de São Paulo (FecomercioSP) e varia de zero a 200 pontos, sendo que abaixo de 100 pontos significa insatisfação e acima de 100, satisfação em relação às condições de consumo.

 

Dos sete itens analisados, seis apresentaram crescimento em relação a outubro. Destaque positivo para o item Perspectiva de Consumo, que passou de 81,5 para 86,6 pontos, alta mensal de 6,3% e elevação de 25,8% em relação a novembro do ano passado. Apesar de ainda estar na área de insatisfação, esse é o maior patamar para o item desde março de 2015.

 

O item Nível de Consumo atual passou dos 52,2 pontos para 53,1 pontos em novembro, alta de 1,8% no comparativo mensal, e na base de comparação anual houve acréscimo de 25,8%. A proporção de entrevistados que dizem estar consumindo menos do que há um ano caiu de 65%, em 2016, para 58%.

 

O baixo nível da inflação, resgate dos recursos do PIS/Pasep e expectativa de recebimento do décimo terceiro salário, proporcionaram um aumento no item Renda Atual, que atingiu em novembro 92,5 pontos, com elevações mensal de 3% e anual de 12,3%.

 

O Acesso ao Crédito registrou em novembro alta de 2,3% e atingiu os exatos 80 pontos. 27% dos entrevistados disseram estar mais fácil contrair financiamento para compras a prazo, sendo que há um ano estava em apenas 21% afirmavam isso. Como as condições econômicas das famílias estão melhorando, o sistema financeiro volta gradualmente a expandir a oferta de crédito de forma a reduzir a seletividade.

 

Por fim, o item Momento para Duráveis, onde se situa o segmento de móveis, cresceu 2,6% em relação a outubro e 17,4% na comparação anual, atingindo os 57 pontos. O nível ainda é muito baixo, mas passou de 74% para 68% os entrevistados que disseram ser um mau momento para compra de bens duráveis.

 

Na análise por Faixa de Renda, houve crescimento para ambos os grupos. O índice para as famílias com renda abaixo de dez salários mínimos cresceu 2,3%, na comparação mensal, e 9,3%, na anual, chegando aos 80,3 pontos. O índice de Intenção de Consumo das famílias com renda superior a essa faixa, porém, passou de 85,5 pontos em outubro para 89,2 pontos nesta última tomada, alta mensal de 4,3% e anual de 18,7%.

 

Para a entidade, os resultados revelam a consolidação no novo ciclo de consumo. Com a entrada dos recursos do décimo terceiro salário e demais fatores mencionados, o consumo terá um estímulo a mais para concretizar a expectativa do crescimento das vendas no varejo paulistano, de 6% à mais em dezembro em comparação com igual mês de 2016.

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