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MadeiraMadeira é considerada novo unicórnio brasileiro

Por Natalia Concentino - 07 de Janeiro 2021
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O e-commerce de móveis MadeiraMadeira anunciou, na manhã desta quinta-feira (7), que recebeu um aporte de U$ 190 milhões liderado pelo conglomerado japonês SoftBank e a gestora brasileira Dynamo. Esse investimento milionário fez com que a empresa fosse avaliada em mais de 1 bilhão de dólares, o que a eleva ao nível de unicórnio, deixando-a ao lado de seletas startups como Nubank, Wildlife e Creditas.

A última captação da empresa havia sido em 2019, em rodada de 110 milhões de dólares liderada também pelo SoftBank. Segundo Paulo Passoni, sócio do fundo, o novo aporte reforça o compromisso do SoftBank com a visão de longo prazo do negócio. “Desde o nosso primeiro investimento, o time de gestão da MadeiraMadeira entregou tudo o que prometeu e a nossa confiança neles continua a crescer”, afirmou o gestor em entrevista à Exame.

Trajetória de sucesso

A MadeiraMadeira foi fundada em 2009 por Daniel Scandian, Marcelo Scandian e Robson Privado, que foram registrando conquistas desde então. Atualmente a empresa passou de um e-commerce de móveis para um marketplace com mais de 1 milhão de itens e nove lojas físicas espalhadas pelo país. Nos últimos cinco anos, o negócio cresceu dez vezes, tendo dobrado de tamanho em 2020.

Segundo o que foi publicado pela Exame, para o presidente Daniel Scandian, o título de unicórnio traz mais responsabilidades em relação aos investidores, mas isso não o impede de celebrar a conquista ao lado dos 1.300 funcionários da empresa. “Começamos do zero, pegamos dinheiro emprestado com parentes para investir 300.000 reais em um negócio que hoje vale mais de 1 bilhão de dólares. Temos que comemorar”, afirma.

E o aporte milionário vem logo depois de um ano em que o e-commerce brasileiro teve um grande crescimento, principalmente no setor de móveis, cujas vendas online cresceram 107%, de acordo com dados da Neotrust/Compre &Confie. Novamente vemos os resultados positivos gerados ao comércio de itens para a casa depois do início do isolamento social, em que as pessoas passaram a ficar mais tempo em suas residências e a investir nelas.

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O plano do novo unicórnio

Em conversa com a Exame, representantes do novo unicórnio brasileiro falaram sobre os planos para o futuro nesta nova condição e o que ainda precisa ser ajustado. “Com a nova injeção de capital, a MadeiraMadeira pretende acelerar algumas estratégias que estão em curso para tentar diminuir gargalos do negócio, como a logística. Em 2018, após uma transportadora parceira perder quase 30.000 encomendas na Black Friday, a empresa decidiu que era hora de investir em um braço próprio de logística, batizado de Bulky Log. Cerca de 18 meses depois, já foram inaugurados 14 centros de distribuição, o que vai permitir a partir deste mês que a companhia disponibilize seu serviço de entrega para os vendedores do marketplace. Os sócios não descartam aquisições para acelerar essas transformações”, diz um dos trechos da reportagem.

O que também se sabe é que outra parte dos recursos será aplicada na recém-lançada marca própria de móveis da empresa, que tem cerca de 400 itens. Inspirada por modelos de varejistas de fora do país, a startup desenvolve produtos fáceis de montar em casa e com preço mais baixo que a média. A meta é que os itens correspondam a aproximadamente 50% das vendas próprias da companhia no e-commerce até o final de 2021.

Outro ponto que já vem sendo trabalho pela paranaense é a expansão da rede de lojas físicas, como já noticiamos no final do ano. Até então, a empresa conta com lojas físicas em Curitiba, mas o objetivo é espelhar showroons por todo o Brasil.

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Futura abertura de capital

“Estamos trazendo novos investidores que se concentram no mercado de capitais. Junto com os atuais, eles serão a combinação certa para nos ajudar a superar nossas metas e as melhores práticas de governança da categoria”, afirma Marcelo Scandian, cofundador e diretor financeiro da empresa, em entrevista à Exame.

Antes de ir a mercado, a startup está focada em escalar as frentes de negócio que abriu — por isso, não pretende fazer novos lançamentos em 2021. Neste ano, a projeção é que o negócio cresça entre 80% e 100%. “A partir de 2022, temos bastante coisas na manga para lançar”, diz Daniel Scandian.

(Com informações da Exame)

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