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Medo do futuro faz varejo frear investimentos

Por Daniela Maccio - 28 de Abril 2016
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O impacto da recessão da economia brasileira tardou a chegar no varejo - mas causou estragos inquestionáveis. O cenário vivido pelo setor hoje é o pior dos últimos 15 anos. Apenas em 2015, 95.400 lojas foram fechadas no país, o equivalente a soma de todos as abertas entre 2011 e 2014. Praticamente um terço delas estava no estado de São Paulo, onde quase 29.000 pessoas foram demitidas.

 

A decisão favorável da Câmara dos Deputados sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff pode mudar esse cenário. Para Patricia Cotti, diretora do Ibevar, que não se posiciona nem contra nem a favor do governo, ainda é muito cedo para entender o impacto disso no setor.  “Mas é certo que é preciso ter uma estabilidade política para voltar a crescer”, disse em entrevista à EXAME.com.

 

Saber o que o futuro do país reserva dará uma confiança maior aos investidores e, como decorrência, à economia de uma maneira geral. “As varejistas têm recursos e vontade de investir e fariam isso se houvesse um ambiente econômico mais seguro”, afirmou a executiva. A expectativa é que a retomada do setor seja rápida, mas deva acontecer apenas a partir do final de 2017.

 

Como exemplo, Patricia aponta a queda do dólar, que não aconteceu como previam alguns investidores depois da decisão política pelo impeachment. “A instabilidade ainda é muito forte”, diz. A retomada do varejo deve acontecer com mais rapidez em áreas do varejo mais básicas, como alimentos e bebidas, para depois atingir as de bens de consumo, como a de móveis, eletrodomésticos, eletrônicos e materiais de construção.

 

Com informações da Exame

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