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Móveis e eletros puxam o comércio para baixo em julho

Por Natalia Concentino - 20 de Agosto 2019
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O Indicador de Movimento do Comércio, que acompanha o desempenho das vendas no varejo em todo o Brasil, recuou 0,7% em julho ante junho, já descontados os efeitos sazonais, de acordo com os dados apurados pela Boa Vista. Em junho, o movimento havia crescido 1,3%, o único dado positivo deste ano. Em relação a julho de 2018, também houve contração, de 3,7%, enquanto em 12 meses houve desaceleração, com alta de 1,2%.

Segundo a Boa Vista, o alto nível de desemprego, a subutilização da mão de obra, a menor confiança e o tímido crescimento da renda continuam sendo os principais entraves para uma evolução mais robusta do comércio.

"Apesar das condições favoráveis do mercado de crédito, o endividamento em alta também parece comprometer uma retomada mais acelerada dos empréstimos e, consequentemente, das vendas", diz a instituição, ponderando que a liberação do FGTS, por sua vez, pode animar o setor.

A expectativa da Boa Vista é que a medida comece a ter impactos significativos no comércio a partir de setembro, quando começam os saques. "Ainda assim, trata-se de uma ação pontual e com efeitos temporários, que rapidamente se dissiparão - assim como em 2017 - sem uma melhora substancial da dinâmica do mercado de trabalho."

O recuo mensal do indicador foi puxado por "Móveis e Eletrodomésticos" (-2%).

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