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O que vem por aí no mercado de colchões?

Por Natalia Concentino - 02 de Janeiro 2022
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Observar tendências é algo que acontece em todos os segmentos da indústria, portanto, não seria diferente com o de colchões. Se os fornecedores estão desenvolvendo produtos mais tecnológicos e inovando constantemente, certamente isso chegará aos fabricantes e, por consequência, aos consumidores. Outro aspecto importante de se observar é o que está sendo feito fora do país e que poderá chegar em breve, ou em um futuro não muito distante.

Uma das novidades que pode impactar o mercado colchoeiro é o uso de capas para colchão. Mas, aqui não nos referimos a um produto feito para o consumidor e sim para os fabricantes. As capas surgem como uma alternativa ao tecido tradicional, podendo baratear o produto e oferecer qualidade.

A Bekaert Deslee, gigante dos tecidos, está desenvolvendo capas de colchão para fabricantes nacionais, inclusive com camadas de conforto. “Dá para dizer que é uma inovação relativa, que vai ser sucesso em um nicho específico, servindo como um complemento ao mercado colchoeiro”, comenta Lars Müller, general manager da Bekaert Deslee Brasil. Ele também sugere que as capas são boas para serem usadas em modelos de colchões com preços mais econômicos.

“Ainda tem gente um pouco assustada em relação ao uso das capas, mas para o bed in a box elas também são uma excelente opção. Outro ponto que os fabricantes devem observar é a conveniência de transporte que elas proporcionam”, acrescenta Müller quando perguntado sobre a aceitação do novo produto no mercado nacional.

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E, para produzir essas capas e alimentar o mercado da América Latina com mais rapidez, a Bekaert Deslee anunciou a ampliação de sua planta fabril. Estes novos investimentos no Brasil fazem parte de uma estratégia da empresa sueca que tem privilegiado países emergentes nos últimos cinco anos. “Nesse período foram investidos cerca de R$ 20 milhões em máquinas e equipamentos, tendo em vista a expansão de demanda no Brasil e na América Latina”, destaca Lars, lembrando que os investimentos seguiram durante a pandemia. “Em 2019 foi realizado um extenso trabalho de pesquisa para identificar as necessidades dos clientes e ficou evidente que era preciso melhorar os prazos de entrega. E isso só seria possível com aumento da capacidade produtiva”, pontua Lars.

A nova unidade vai receber R$ 65 milhões em investimentos até 2022 e será duas vezes e meia maior que a fábrica atual. Para otimizar os processos produtivos contará com 18 novos teares de alto rendimento e de última geração nos próximos 18 meses. Somados com a renovação já executada nos teares de tecidos planos, a empresa triplicará sua capacidade produtiva.

Outro benefício da ampliação feita pela Bekaert Deslee é a maior competitividade e bons preços. A nova planta contemplará expansão significativa na capacidade de acabamento de tecidos, que trará um leque adicional de produtos. “Esperamos lançar já no primeiro trimestre de 2022 novidades na agregação de valor aos tecidos, muitos deles com diferenciais inovadores”, antecipa Lars, acrescendo que a fábrica brasileira passará a produzir lançamentos internacionais de grande êxito da marca, como as linhas Excite, se juntando a tecnologias existentes como Intense® e Virase® já conhecidas do mercado. As novas linhas de acabamento permitirão redução no consumo de energia e, como consequência, condições mais competitivas, enfatiza... LEIA MAIS.

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