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Prestação de móveis cai 50% com a nova linha de crédito

Por Edson Rodrigues - 13 de Junho 2013
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O valor da prestação de móveis, eletrônicos, eletrodomésticos e computadores, financiados pela linha de crédito subsidiado, Minha Casa Melhor, destinada aos beneficiários do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida deve cair pela metade.

Fazendo as contas, através dessa nova linha de crédito, a prestação de um refrigerador, cujo preço máximo de venda no varejo fixado pelo governo será de R$ 1.090, sai por R$ 24,83, se o produto for financiado em 48 vezes, com juros de 5% ao ano ou 0,41% ao mês, segundo os cálculos feitos pelo vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Contabilidade e Administração (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira. Ao final de quatro anos, o consumidor terá desembolsado R$ 1.191,84.

Se esse refrigerador fosse adquirido por meio de uma linha de crédito comum do comércio, com juro médio de 4,08% ao mês ou 61,59% ao ano, segundo pesquisa da Anefac, a prestação sairia por R$ 51,64 e o valor total do produto, por R$ 2.478,72. Ou seja, redução no valor total e na prestação é de 51,9%

Para o vice-presidente do Walmart, Alain Benvenuti, o programa é uma ótima oportunidade para o consumidor, além de um incentivo à produção da indústria e às vendas do comércio. O Walmart já aderiu ao programa e está desenvolvendo sistemas para se adaptar às exigências do governo.

Porém, apesar de o governo ter informado que 12 mil lojas estão inscritas no programa, entre as quais estão o Grupo Pão de Açúcar com as bandeiras Ponto Frio, Casas Bahia e Extra Hipermercados, e as Lojas Colombo, com forte atuação no Sul do País, há grandes redes varejistas que ainda estão avaliando a operação. Duas delas são o Carrefour e a Loja Cem.

Desconto

O governo está exigindo que o varejo dê 5% de desconto no preço ao consumidor. Essa exigência se baseia no fato de que a venda é à vista para a loja e o financiamento fica com a Caixa. Isso abre uma brecha para que o consumidor comum, que compra esses itens com recursos próprios e à vista, também peça desconto de 5%. No entanto, uma prática comum hoje do mercado é igualar o preço à vista ao parcelado sem juros e não oferecer nenhum desconto caso o produto seja quitado totalmente no ato da compra.

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