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Setor de móveis de MT quer revisão do ICMS

Por Jeniffer Oliveira - 30 de Novembro 2017
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Representantes do segmento de móveis e eletrodomésticos de Mato Grosso se reuniram, na última segunda-feira (27), com o governador Pedro Taques para reivindicar a manutenção da alíquota do ICMS a 13% para o próximo ano. A alíquota original é 16%, mas um acordo entre governo e o segmento, no início deste ano, garantiu a redução até 31 de dezembro de 2017. O governador ficou de avaliar a proposta e se posicionar nos próximos dias.

 

Segundo o presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Mato Grosso (Facmat), Jonas Alves, responsável por intermediar a reunião, o segmento de móveis e eletrodomésticos é um grande gerador de empregos e renda no Estado. “É muito importante a manutenção da alíquota, pois é isso que tem permitido o crescimento do setor, mesmo com a perda dos incentivos fiscais. É isso que dá sustentabilidade às empresas. O papel da Facmat e das associações comerciais estaduais é defender sempre um ambiente saudável, competitivo e isonômico para todos os setores econômicos”, afirmou Alves.

 

O empresário Osvaldo Martinello destacou que “essa diferença de 3% na cobrança do imposto pode significar o lucro ou não de algumas empresas. Nós sofremos uma pressão externa muito forte, como as vendas pela internet e incentivos fiscais de estados vizinhos. Somos impactados por tudo isso”. A Eletromóveis Martinello está há 28 anos em Mato Grosso, possui 63 lojas em 48 municípios do Estado e gera atualmente cerca de 1.700 empregos. A previsão de Osvaldo é inaugurar mais três unidades ainda este ano.

 

Segundo o proprietário da Eletromóveis Martinello, empresas do segmento com centro de distribuição em Goiás e São Paulo vêm competir com as empresas mato-grossenses com carga de incentivo muito forte. “Precisamos do amparo do governo para continuarmos com nosso segmento fortalecido no estado. Por isso a importância da reedição do decreto, que amplia o prazo do benefício com a cobrança da alíquota de 13%, redução vital para o nosso negócio”, reforça Osvaldo.

 

Para o controller das Lojas Gazin, Maurício Churkin, a manutenção da alíquota de 13% é primordial. “A nossa grande concorrência dentro do Estado não é o lojista do mesmo segmento, mas a internet. Se onerar os produtos, o consumidor vai buscar fora e eu deixo de gerar emprego e renda aqui”. Este ano, a lojas Gazin aumentou de 90 para 99 lojas e está presente em 60 municípios do Estado, com a geração de aproximadamente 2.600 empregos. “Na atual situação, conseguimos aumentar a arrecadação, gerar mais empregos e renda. Se conseguimos aumentar as lojas, o Estado ganha, a população ganha e o empresário ganha. É um ganha ganha, sem deixar que ocorra fuga para outros estados”, conclui Maurício.

 

Também esteve presente na reunião o empresário Cláudio Schauren, da Dona do Lar, empresa de móveis e eletrodomésticos que vai inaugurar sua primeira loja em Cuiabá nos próximos dias. “Como somos uma empresa nova, que está nascendo, é muito difícil trabalhar sem previsibilidade. Vamos inaugurar em dezembro sem saber ao certo qual será a carga tributária do setor, questão que já deveria estar muito bem definida, sem precisarmos nos preocupar com isso. O cenário é de otimismo e será muito importante o governo manter essa carga até para que o setor continue pagando seus impostos corretamente, com a geração de ainda mais empregos”, projeta Cláudio.

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