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Simplicidade e utilidade são apostas para o futuro dos móveis

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O evento foi realizado em um dos pontos turísticos da cidade, o Castello Sforzesco

Empresários brasileiros foram até a capital do design - Milão, na Itália - para buscar informações e novidades sobre móveis, com foco na sustentabilidade e na consciência ambiental. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) está liderando uma missão prospectiva durante a maior feira de design do mundo: Salone del Mobile. 

 

Mas nem só da visita aos estandes é composta a programação. 

 

Nessa quarta-feira (8), os brasileiros participaram de um workshop sobre tendências para o futuro do design de móveis e arquitetura, com Francesco Lucchese, que é fundador do estúdio Lucchese Design e professor na faculdade de design no Politécnico de Milão. 

 

O evento foi realizado em um dos pontos turísticos da cidade, o Castello Sforzesco, construído no século XV, que hoje abriga várias coleções de museus e galerias da cidade. 

 

Durante a apresentação, Lucchese abordou tópicos dos anos 60 e 70, que foram marcantes para o design mundial. Por exemplo, sabe aqueles duendes de jardim? 

Para o designer eles ajudam a compor ambientes alegres e são tradição em residências por todo o mundo.

 

Workshop sobre tendências para o futuro do design de móveis e arquitetura, com Francesco Lucchese

 

Como sugestão para o futuro, ele explicou a necessidade de itens simples e úteis. “Espero que a simplicidade se torne a escolha de muitos designs. Não podemos trabalhar apenas com imagens fortes dentro dos espaços. Nós não queremos ter uma casa parecida com um museu. Precisamos de um pouco de tudo, mas precisamos de equilíbrio”, disse o arquiteto e designer italiano.

 

Lucchese ainda abordou possibilidades com o mix de materiais e reforçou que um profissional não deve e nem precisa ficar justificando uma peça.

 

“Vários materiais se tornaram meios de linguagens inovadoras, sem precisar de uma reposta forte e chamativa. Com o mix certo, é possível compor peças que servem para todos os públicos. Algo funcional”, destacou Lucchese.

 

O início do design italiano 

 

No mesmo dia, a comitiva também visitou o Museu do Design ADI, onde tiveram uma aula sobre a evolução do design italiano. O museu nasceu da recuperação de um local histórico da década de 1930, usado tanto como depósito para bondes de cavalos quanto como sistema de distribuição de energia elétrica da Itália. 

 

A visita guiada apresentou peças de vários artistas do país e explicou por que elas foram importantes para o design, como a criação da linha vermelha do metrô de Milão. A gráfica por trás da identificação da linha recebeu um prêmio pela comunicação clara e acessível, que rendeu até um guia.

 

A comitiva brasileira da missão da Rede CIN é composta pelas empresas Osterno, Jacaúna, Cabanna, Móveis Rimo, Madresilva e WA Estofados. 

 

A iniciativa é realizada junto com a Apex-Brasil, Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Sebrae/RS, Câmara Italiana de Comércio de São Paulo (ITALCAM) e a Associação Itália Brasil.

 

(Com informações da Agência de Notícias da Indústria)

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