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TDI sobe quase 80% no mercado internacional, sem viés de baixa

Por Natalia Concentino - 28 de Setembro 2020
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Para a indústria de colchão, os aumentos de preços das principais matérias-primas é uma situação grave e de soluções difíceis. No caso do TDI, insumo indispensável para produção de espumas, os preços são fixados em nível internacional. No outro lado, o preço do aço usado na fabricação de molejos também disparou.

De acordo com os dados da lista da SunSirs, empresa que analisa os preços de commodities na China, o preço médio do TDI no leste da China no dia 15 de setembro foi de 17.833,33 RMB (Remimbi, moeda oficial da China) por tonelada, ou seja, R$ 14.445 pelo câmbio do mesmo dia.

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Para efeito de comparação, ainda de acordo com os dados de monitoramento da SunSirs, “o preço de mercado do TDI apresentava uma tendência constante de queda em abril. O preço médio de mercado no leste da China, no dia 8 de abril, foi de 9.933,33 RMB por tonelada”, ou R$ 8.046 pelo câmbio oficial daquele dia.

Portanto, se observa que a retomada do consumo mundial após o período mais crítico do coronavírus, levou as poucas empresas fornecedoras de TDI no mundo, entre elas BASF, Covestro e Dow, a aumentar constantemente o preço do TDI. Em cinco meses, a alta do preço médio chega a 79,5% no mercado.

 

Preço do aço também dispara no mercado

A indústria brasileira que trabalha com aço, caso dos fabricantes de molejos para colchões e as que produzem móveis de aço está refém das maiores siderúrgicas que operam no Brasil e que atendem a este mercado: Usiminas, Arcellor Mittal, CSN e Gerdau.

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Desde o mês de abril, no auge da pandemia, quando as empresas já lutavam para sobreviver, os aumentos passaram a ser sucessivos. Até setembro, a alta chegou a 40%, com promessa de mais 15% para o mês de outubro. Isso apenas nas siderúrgicas, porque nos distribuidores, esse aumento é ainda maior.

A questão é que eventuais importações não resolverão o problema, porque o dólar está trazendo a diferença do preço do aço produzido aqui e o importado para perto de zero, devido à valorização cambial.

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