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Varejo brasileiro aposta nas liquidações

Por Edson Rodrigues - 24 de Março 2015
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O varejo brasileiro aposta nas liquidações com o objetivo de evitar que as vendas afundem mais aproveita o bom momento da inadimplência, que continua em baixa. Em 2014, o volume de vendas do varejo restrito, sem veículos e materiais de construção, cresceu 2,2%, o pior desempenho em 11 anos.
 
"Forte queda na confiança, bancos mais seletivos no crédito, mercado de trabalho deteriorado e inflação em alta levam o consumidor a gastar menos", diz Cristiano Oliveira, chefe do Banco Fibra. A saída do varejo é alongar prazo para encaixar a prestação na renda e evitar que as vendas desacelerem mais. Em 12 meses até janeiro, o prazo do crediário subiu 5 meses, diz o BC.
 
O Magazine Luiza, por exemplo, está vendendo iPhone 6 em 18 vezes no cartão da loja. "Estamos facilitando a compra de um dos objetos do desejo", afirma o presidente, Marcelo Silva. Com isso, a prestação de um smartphone que custa R$ 3.499, sai por menos de R$ 200. "O ano será desafiador: o crescimento de vendas será menor", prevê. Em 2014, a venda subiu 18,7%.


A Lojas Cem sentiu a desaceleração este ano. Mesmo assim optou por investir em estoque, temendo alta de preço. Tem produtos suficientes para 75 dias de venda, enquanto o normal é 45 dias. "Este vai ser um ano duro", diz o supervisor geral, José Domingos Alves. Para impulsionar as vendas, a rede mexeu nos juros. Antes vendia em até 5 vezes sem acréscimo e com juros de 4% ao mês em até dez vezes. Agora cobra 0,95% ao mês nos parcelamentos.

Com informações do Em.com.br

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