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Varejo contrata pela nova lei trabalhista

Por Jeniffer Oliveira - 11 de Dezembro 2017
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Este será um fim de ano diferente para o comércio. Pela primeira vez, as grandes redes de lojas estão admitindo funcionários com contrato de trabalho intermitente, modalidade que foi criada pela nova lei trabalhista, em vigor há um mês. Esses empregados atuam apenas quando são convocados e o salário varia de acordo com o número de horas trabalhadas - o que permite, no caso do varejo, a contratação de profissionais para prestar serviços em datas especiais, com maior fluxo de clientes nas lojas ou em dias específicos.

 

O Magazine Luiza, que possui cerca de 22 mil funcionários, foi uma das primeiras redes a admitir trabalhadores intermitentes. Foram 1.750 contratações divididas entre as 830 lojas e os centros de distribuição. "Já usamos na Black Friday, vamos utilizar essa mão de obra na semana do Natal e na Liquidação Fantástica de janeiro", conta Marcelo Silva, vice-presidente do Conselho de Administração da rede e vice-presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV).

 

Marcelo explica que na legislação trabalhista anterior as empresas não tinham alternativa. Admitiam trabalhadores que eram subutilizados na semana por causa do movimento menor das lojas. E nos finais de semana, quando a procura cresce, esses quadros eram insuficientes para atender ao cliente adequadamente.

 

Regras e cautela

Pela nova lei, o trabalhador contratado em regime intermitente tem registro em carteira, direito a 13º salário e férias proporcionais. Ele deve ser convocado três dias antes para o trabalho e pode recusar a convocação ao menos quatro vezes, avisando o empregador, já que ele pode ter outros contratos intermitentes. A remuneração é por hora e o valor não pode ser inferior ao recebido por hora pelo contratado em regime permanente que exerça a mesma função.

 

Apesar de a reforma trabalhista ter sido uma das grandes bandeiras do setor varejista, muitas empresas do comércio ainda avaliam a adoção das novas formas de contratação. "Estamos numa fase de adaptação de quadros, de sistemas e de como recrutar. É cedo para ver a efetividade da mudança, mas acreditamos que será efetiva", afirma Marcelo Silva, fazendo referências às varejistas associadas do IDV.

 

Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.

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