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Varejo pode mudar data do Black Friday

Por Jeniffer Oliveira - 11 de Setembro 2017
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Grandes varejistas chegaram a discutir a mudança na data do Black Friday deste ano, mas não chegaram à uma unidade em torno do assunto. O diálogo continua para alterar o mês do evento em 2018. Há um visível incômodo, por parte das redes, por conta dos efeitos negativos dessas vendas nas margens das companhias.

 

As conversas ocorreram em comitês do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) e entre associações setoriais. Em 2018, o evento promocional deve migrar de novembro para o fim de agosto ou início de outubro, período sem datas comemorativas relevantes e mais distante do Natal. Desta forma, a nova data não afetaria as compras de dezembro, que nos últimos anos têm sido antecipadas para a última semana de novembro, quando ocorre a Black Friday no Brasil.

 

Quando chegou ao país, há sete anos, a data ajudou a elevar as vendas em novembro, um mês com demanda mais fraca. Agora não só o Natal acabou enfraquecendo, como cresceu a caça às ofertas de produtos, muitas vezes, com rentabilidades baixas.

 

Já haverá, neste ano, um esforço das cadeias líderes de mercado em reduzir o volume de itens em oferta. As ações promocionais na TV e nos sites continuarão, mas o total de itens ofertados deve cair em relação à Black Friday de 2016. O Google estimou alta de 15% a 20% nas vendas da edição deste ano – em 2016, a alta foi de 17%.

 

Segundo o Valor Econômico, redes como Renner, Grupo Pão de Açúcar e O Boticário já eram favoráveis a uma mudança neste ano. Como representantes da indústria de eletrônicos e de eletrodomésticos defenderam manter a edição do evento neste ano em novembro, não houve acordo.

 

“No fim, quem tem que definir o preço e as condições ao consumidor, como pagamento de frete, é o varejo. No dia do evento, se o nível de agressividade dos concorrentes é grande, é a loja que decide se reduz seu ganho e faz a venda para não perder cliente. A indústria não tem perda, porque já fechou a venda para a loja em determinadas condições”, diz uma fonte do Valor Econômico que acompanha o assunto.

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