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Veja o que grandes players esperam do e-commerce em 2021

Por Natalia Concentino - 18 de Novembro 2020
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Já falamos diversas vezes sobre a pandemia e o que ela provocou no comércio de março até agora, ouvimos especialistas, vimos empresas investindo no digital e sabemos que os resultados do e-commerce melhoraram bastante com a imposição do distanciamento social. O que nos resta saber agora é como as grandes marcas do e-commerce de móveis estão lidando com essa situação e o que esperam para o ano de 2021.

“Falando de mercado, esperamos um crescimento na casa dos 30%, porém com um cliente cada vez mais exigente em relação a prazo de entrega curto; preço de frete competitivo e pós-venda efetivo”, analisam Carlos Martins, comprador da linha de móveis da Multiloja, e Gabriel De Marchi, gestor de e-commerce da empresa.

E a dupla fala também sobre os planos específicos da Multiloja para acompanhar essas novas exigências e o ritmo acelerado do e-commerce. “Montamos uma estrutura em São Paulo com um centro de distribuição exclusivo para o e-commerce, com estoque disponível e novas parcerias logísticas. Acreditamos que até março, ainda teremos uma demanda reprimida e para garantir a continuidade desse crescimento para os demais meses, apostamos nos investimentos que estamos fazendo em estrutura”.

Carlos e Gabriel citam os diferenciais que querem oferecer aos clientes mais exigentes, como eles mesmos analisaram. “Com esse novo CD, traremos preços de frete mais competitivos e melhores prazos, além de redução nas avarias. E, trazendo um melhor serviço para nos diferenciarmos do mercado em paralelo, criamos uma estrutura robusta de SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor)”, finalizam.

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Para a Mobly, o ano de 2021 deve se mostrar desafiador e, por isso, eles já traçam suas estratégias. “Esperamos desafios, mas seguimos com objetivos grandiosos. Planejamos uplift de 60%. A tendência de consumo online permanecerá”, comenta Douglas Diniz Pires, diretor comercial. Ele ainda acrescenta que “com o fim da pandemia e/ou com aumento de flexibilização, os consumidores destinarão maiores recursos para entretenimento e viagens, no entanto, absorvemos share do varejo físico, o que nos proporciona aumento de performance orgânica. Ao longo deste ano, as pessoas depositaram maiores investimentos no conforto da casa, mas isso não deve ser tão diferente, dado que o home office conquistou aderência e a população aprendeu a curtir mais seus lares”.

O diretor comercial da Mobly ainda faz mais algumas observações e uma pequena análise do que está acontecendo neste 2020. “Mais de 7 milhões de brasileiros fizeram suas primeiras compras online no 1º semestre deste ano, um crescimento de 47% sobre o mesmo período de 2019. A tendência é que isso continue, a exponencialidade deste canal demonstra o quanto as empresas têm conseguido engajar o consumidor, gerando melhores experiências de consumo. A Mobly por sua vez, implementa constantemente tecnologias para aproximar o consumidor, como a realidade aumentada, ambientes 3D interativos, além de ter conquistado notoriedade no varejo offline após abrirmos uma mega loja conceito em 2019. Posto isso, e com resultados exponenciais, inauguramos nossa segunda concept store antes dessa Black Friday, mas continuaremos apostando na multicanalidade”.

Douglas ainda comenta que a logística de entrega é um diferencial da marca e eles estão aumentando a malha da transportadora MoblyLog, além de investir em novos CDs. “abriremos novos centros de distribuição com o intuito de descentralizar a operação. Estamos implementando o modelo de dropshipping para reduzir prazos de entregas e custos de fretes, além de começar a oferecer fulfillment para terceiros”, afirma.

E a tão falada expansão logística também está nos planos da MadeiraMadeira. “2021 vai ser para nós um ano de muitas oportunidades com a nossa estratégia de abertura de mais lojas físicas (guide shops), expansão da nossa malha logística de pesados (Bulky Log) e desenvolvimento da marca própria MadeiraMadeira. Nossa estratégia de crescimento continua forte para 2021 apoiada no fortalecimento das parcerias com nossos fornecedores de móveis”, informa o vice-presidente de compras Santiago Antoranz Pons.

Ainda sobre a estrutura logística da empresa, Santiago fala sobre a abertura de novos centros de distribuição nos principais polos moveleiros do país e também nos principais pontos de venda (Last Mile) com foco na logística de produtos pesados (como é o caso da grande maioria dos móveis). “Em outubro abrimos nosso primeiro CD de Fulfilment em Jundiaí (SP), além dos os outros 12 já em funcionamento em outras regiões; como uma clara aposta de estarmos mais próximo de nossos clientes”.

E, assim como os demais entrevistados, Santiago acredita que o consumidor está tendo uma experiência muito satisfatória com o mercado online e que essa é uma tendência que deve se manter. “Bom prazo de entrega, qualidade do produto, cadastro alinhado com a realidade e interação com o varejo, fazem o cliente perder o medo de realizar compras no canal digital. Acreditamos que no futuro o setor deve evoluir para uma interação mais rica, facilitada por um varejo com perfil "omnichannel", que permita diferentes opções em função das necessidades dos clientes em cada momento”, conclui.

 

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