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Abicol alerta para propaganda que pode induzir consumidor a erro

A Associação Brasileira da Indústria da Colchões (ABICOL), emitiu Nota de Esclarecimento, afirmando que é também sua função garantir ao consumidor o direito a uma escolha consciente sobre o colchão que efetivamente atenda suas necessidades, e manifesta preocupação com relação a argumentos e informações divulgadas em propagandas, ou declaradas em etiquetas nos colchões, que podem induzir o consumidor ao erro.

 

“O compromisso das marcas de colchões deve ser sempre com a transparência, a ética e a geração de informações precisas, visando garantir ao consumidor clareza para optar por colchões com o máximo de qualidade”, desta a Nota.

 

Observa que o mercado de colchões é vasto, com diversas opções e tecnologias disponíveis. Porém, “algumas práticas deploráveis têm sido observadas, e que podem induzir o consumidor ao erro ou criar confusão, notadamente em relação a suporte do molejo x suporte do colchão”.

 

A Nota cita um exemplo que pode levar à confusão e até mesmo provocar danos ao colchão, se não for compreendido corretamente, e que causaria prejuízos ao consumidor. “Quando é informado sobre o suporte do molejo do colchão, deve-se deixar claro se está se referindo apenas à capacidade de resistência da estrutura de molas, independentemente do que está acima do molejo na composição do colchão, como o tecido, a espuma e outros componentes, ou se trata do suporte do colchão como um todo”. 

 

Em uma situação hipotética, em que o suporte do molejo é destacado, sem a devida clareza, é possível o consumidor interpretar, equivocadamente, que todo o colchão pode suportar o peso indicado, incluindo os materiais que compõem a parte acima do molejo.

 

Para a entidade, é um desserviço destacar na etiqueta o suporte de um componente sem considerar a diferença existente entre os demais que compõem o colchão. A informação é tão complexa e imprecisa que na atualização do regulamento, o Inmetro desobrigou o fabricante de inserir o suporte médio do molejo da etiqueta, afinal, acabava confundindo o consumidor.

 

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“De todo modo, com certeza é possível afirmar que o molejo não é – e nunca será – a parte determinante para a resistência ou conforto de um colchão, já que são as espumas de conforto o fator determinante. E, note, a espuma como o elo mais frágil desta corrente é que determina a durabilidade de um colchão”, afirma a Nota da Abicol, acrescentando que no colchão também existem outros materiais que não possuem equivalência de resistência do molejo, o que levaria ao desgaste prematuro ou danos ao colchão como um todo, enquanto o molejo permaneceria intacto.

 

É importante considerar também que não existe atualmente norma técnica, teste ou parâmetro que defina o biotipo ideal, máximo ou mínimo, para um colchão de molas, pois, neste caso existem dois fatores de influência: o conforto desejado, que é algo extremamente individual; e a posição em que se dorme, pois o simples fato de dormir de lado dobra a pressão que um colchão recebe quando comparado com uma pessoa que dorme de costas.

 

A Nota observa que “é de extrema importância que fabricantes zelem pela clareza na propaganda dos colchões, e que os consumidores estejam cientes de que, na maioria dos casos, o suporte do molejo, quando declarado, se refere exclusivamente à resistência da estrutura de molas e sobre cuidados que devem ser tomados ao aplicar peso ou sobrecarga ao colchão, especialmente em partes localizadas, a fim de garantir a durabilidade de todos os seus componentes”.

 

A Abicol conclui a Nota de Esclarecimento reforçando que “os consumidores têm o direito de fazer escolhas baseadas em informações honestas e precisas. Neste sentido, incentivamos a pesquisa, a leitura atenta das informações disponíveis e a busca por marcas que se comprometam com a ética e a qualidade de seus colchões, valorizando o setor e a indústria colchoeira nacional”.

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