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Lojas de móveis são alvo de arrombamento no ES

Por Jeniffer Oliveira - 28 de Agosto 2018
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Barras foram colocadas em frente a loja para evitar arrombamentos

De janeiro a agosto deste ano, a mesma rede de lojas de móveis e eletrodomésticos foi alvo de arrombamentos 12 vezes na Grande Vitória. A informação é do gerente nacional de vendas da Simonetti, Juliano Vieira, e expõe a onda de ataques sofridos pelo comércio no Espírito Santo nos últimos meses.

 

A pedido dos lojistas, a polícia reforçou a segurança e oito suspeitos já foram identificados, mas os arrombamentos continuam. Câmeras de segurança dos comércios mostram que os criminosos agem sempre durante a madrugada e, na maioria das vezes, usam carros para arrombar as lojas.

 

De acordo com Vieira, a Simonetti conta com uma central de vigilância própria, e mesmo assim não consegue evitar totalmente os ataques. "Da vontade de desistir. O Brasil vive uma situação difícil. Não é fácil vender e você ainda tem que gastar com o que deveria ser obrigação do Estado", afirma Vieira sobre a dificuldade manter as portas abertas diante da vulnerabilidade do comércio.

 

Pelas ruas, já é comum ver barras de ferro instaladas nas calçadas em frente às lojas. É uma forma de proteção que os comerciantes improvisaram para evitar novos crimes.

 

Um dos últimos arrombamentos deste tipo aconteceu no dia 21 de agosto, em uma unidade da rede de móveis e eletros Lojas Sipolatti, no bairro Laranjeiras, na Serra. No outro dia, a polícia encontrou parte da mercadoria roubada em um ponto de venda de drogas, conforme explicou o delegado Henrique Vidigal.

 

O diretor executivo da rede e diretor da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Espírito Santo (Fecomércio-ES), Cláudio Sipolatti, disse que os últimos quatro arrombamentos, ocorridos em apenas um mês, resultaram em um prejuízo de R$ 80 mil.

 

 

Investigações

 

De acordo com o delegado, as investigações apontam que três quadrilhas estão ligadas à onda de ataques. Oito suspeitos foram identificados. Sete deles foram ouvidos, mas liberados, pois já havia passado o período do flagrante. A polícia pediu à Justiça a prisão deles. O oitavo suspeito está foragido.

 

Um cerco da Polícia Militar foi montado para evitar novos arrombamentos, na noite do dia 13 de agosto. “A partir de hoje, nós estaremos com reforço do policiamento ostensivo nos polos comerciais da Grande Vitória durante as madrugadas. Teremos as nossas unidades especializadas, a Companhia Independente de Missões Especiais, o Regimento de Polícia Montada, a Força Tática e o Cerco Tático da Polícia Militar”, explicou o secretário de Segurança Pública, Nylton Rodrigues.

 

No dia 21 de agosto também foi decidido que um grupo seria criado em um aplicativo de mensagens para facilitar a comunicação entre comerciantes de Vitória e policiais.

 

 

Receptação

 

Uma operação deflagrada no dia 22 de agosto fiscalizou 15 comércios da Grande Vitória que estariam vendendo produtos furtados ou roubados. Centenas de celulares foram apreendidos em uma das lojas, localizada em Vila Velha.

 

De acordo om o delegado, não é possível afirmar que são produtos roubado das lojas arrombadas, mas eram todos de procedência duvidosa, não tinham nota fiscal, e por isso foram apreendidos.

 

O delegado geral da Polícia Civil, Guilherme Daré, explicou que a polícia está focada em encontrar e prender receptadores de mercadorias roubados. Segundo ele, são essas pessoas que "incentivam" os furtos a lojas.

 

(Com informações do G1)

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