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Já é possível fazer um colchão para cada perfil de usuário

Por Natalia Concentino - 04 de Dezembro 2019
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É possível fazer um colchão para cada um?

A pesquisa intitulada Tendências em Personalização para 2018, promovida pela Evergage revelou que 59% dos consumidores afirmaram que poder personalizar o produto tem um grande impacto em suas decisões de compra. Já 87% dos profissionais notaram resultados significativos ao darem prioridade para as automações personalizadas. A personalização melhora o relacionamento com o cliente? Segundo a mesma pesquisa, 98% desses mesmos profissionais revelaram que sim.

Por esses motivos, produtos voltados para determinados grupos ou situações específicas estão sendo desenvolvidos e comercializados, o que não significa que os genéricos estão perdendo espaço, mas que a fatia destinada a individualização de peças é uma prática que só tende a crescer.

No setor colchoeiro isso não é diferente. Já existem colchões para atender a necessidades específicas de cada usuário. Por exemplo, prevenir problemas com dores na coluna é um espaço que os terapêuticos costumam atuar. Sobre este tema falaremos mais adiante – a crescente onda dos colchões voltados a nichos.

Assim como descreve a analista de pesquisa e desenvolvimento de produtos da Orthocrin, Fernanda Fiuza, “a grande questão é identificar os problemas que prejudicam a qualidade do sono dos usuários e entender profundamente tudo que afeta a sua qualidade de vida. Pesquisas tem de ser feitas constantemente, além de parceria com bons fornecedores e proximidade com centros acadêmicos que nos ajudam muito a investigar soluções para os nossos clientes. Com todo esse processo é que nascem as ideias”, esclarece.

Colchões para idosos

Arquiteta e Urbanista pela UFMG e pós-graduada em Gerontologia (ciência que estuda o envelhecimento humano), Flavia Ranieri, afirma que o mercado destinado ao público idoso está em constante crescimento.

“Acontecem dois fenômenos hoje em dia: 1) é a redução da taxa de natalidade; 2) Com os avanços da medicina, estamos vivendo por mais tempo. E isso causa um efeito que chamamos de inversão etária. A pirâmide está invertendo. Isso quer dizer que a gente tem um público gigante para atender”, descreve.

De olho nessa crescente demanda, algumas empresas de colchões já estão apostando suas fichas em produtos voltados ao público sênior. Mas, o que realmente caracteriza um colchão para idoso?

Alberto Garisto, empresário da Hotelbras e designer pós-graduado em Comércio Internacional, afirma que um colchão adequado às características do idoso deve priorizar a qualidade, com conforto e estrutura interna. “O produto deve ser bem estruturado, com conforto superficial que proporcione uma boa circulação sanguínea, que tenha espumas com boa resiliência e que apresente características quiropráticas, contribuindo com uma boa resposta à postura na movimentação”, esclarece.

Apesar dessas dicas, Garisto orienta que o colchão ideal vai depender da necessidade específica que os compradores têm e isto depende da idade, porém, a sugestão do profissional são os colchões pressurizados a ar, que apesar de serem mais usados em hospitais também tem linhas voltadas ao uso doméstico. “Os colchões devem ter uma estrutura interna firme e um arco perimetral que não permita o afundamento expressivo quando se senta na borda ou quando deita-se próximo a ela”, conta, acrescentando ainda que deve-se dar preferência à espumas High Resilience (alta resiliência).

Se o foco do cliente idoso é a busca pela maciez e pelo conforto superficial, Garisto revela que as espumas viscoelásticas irão dar conta do recado. Entretanto, o profissional sugere que “evitar colchões monoblocos de uma forma genérica é importante, porque a alma de um colchão é a resiliência que ele pode ter em função da movimentação do corpo”.

Em relação às molas, Garisto afirma que as mais responsivas à movimentação e que trabalham para ajudar na postura do corpo são as mais recomendadas, uma vez que é bastante presente neste público problemas na coluna como hérnia de disco, lordose, escoliose, artrose e artrite.

Na reportagem completa você pode conferir outros perfis que já possuem linhas de colchão dedicadas a eles, basta clicar aqui e acessar a versão digital do Anuário de Colchões 2020.

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