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ApoloSpuma usa maquinário para fazer máscaras para doação

Por Natalia Concentino - 23 de Abril 2020
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ApoloSpuma usa maquinário para fazer máscaras para doação

Com as máquinas paradas há quase 30 dias, a fábrica ituana de colchões ApoloSpuma passou a produzir máscaras de proteção para doar para hospitais, prefeituras, abrigos, asilos e outras entidades. Desde o início da pandemia do covid-19, a empresa já entregou cerca de 20 mil máscaras e cem colchões hospitalares, especialmente para leitos de UTIs.

A doação foi uma forma encontrada pela ApoloSpuma, fundada há 53 anos, em Itu, de ajudar a comunidade a atravessar esse período tão crítico e, ao mesmo tempo, de inspirar outras empresas e pessoas a participarem do combate ao vírus.

A ideia de produzir máscaras partiu do fundador José Carlos Christofoletti, 77, o seu Zito, que, preocupado com a falta de máscaras, sugeriu o uso do TNT (tecido não tecido), uma matéria-prima muito utilizada na fabricação de colchão, para produzir esses protetores faciais.

A equipe de costureiras da ApoloSpuma, liderada por Rosemeire Leite dos Reis, encampou a ideia. No dia 26 de março, algumas máquinas de costura foram religadas e adaptadas para começar a costurar as primeiras máscaras, com todos os cuidados necessários.

Os protetores são produzidos seguindo as orientações da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que, diante da atual pandemia, suspendeu temporariamente a necessidade de certificação.

A ApoloSpuma é hoje uma das dez maiores fabricantes de colchões e de espumas industriais do país. Antes da crise, produzia cerca de 3.000 colchões por dia, que tinham como destino o mercado nacional ou países vizinhos. Com o comércio e as fronteiras fechadas, os cerca de 350 colaboradores entraram em férias coletivas pela primeira vez em 53 anos de história da empresa.

Desde que começou a produzir os primeiros colchões, costurados a mão e entregues de porta em porta carregados em uma carroça, a ApoloSpuma já passou por muitas crises, de altas repentinas do dólar a incêndios, mas jamais viveu algo tão crítico quanto esta crise do coronavírus.

Desde o início da pandemia, a empresa adotou medidas de segurança. Afastou os profissionais que se enquadravam na zona de risco, adotou turnos de trabalho mais espaçados, passou a medir a temperatura de todos os profissionais, incentivou o uso de álcool em gel e de máscaras. A expectativa da empresa é de que a recuperação será gradual e virá a longo prazo, e que o importante agora é todos se cuidarem.

(Com informações do Jornal Periscópio)

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