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Demissões nas moveleiras de Arapongas chegam a 15%

Por Natalia Concentino - 22 de Maio 2020
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Assim como os demais polos moveleiros do Brasil, Arapongas também vem enfrentando problemas por conta da crise provocada pelo coronavírus. No primeiro quadrimestre do ano, o número de demissões cresceu 37% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse índice recebeu uma boa contribuição durante os meses de pandemia, já que desde seu início as demissões chegam aproximadamente a 15%.

De acordo com as estimativas feitas pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Arapongas (Sticma) mais de 1,3 mil trabalhadores tiveram contrato de trabalho rescindido nos últimos quatro meses. De janeiro a abril o sindicato homologou 963 rescisões que devem ser somadas a cerca de 350 trabalhadores que perderam o emprego, mas por terem menos de um ano de atuação não precisaram fazer a homologação junto à entidade.

Com a paralisação das indústrias em um primeiro momento e com o retorno parcial das atividades agora, foi inevitável que as demissões acontecessem. “Nós devemos ter, no máximo, 15% de demissões registradas do início da pandemia até aqui. Não tenho números exatos, mas, de acordo com que ouvi das empresas e os dados do sindicato dos trabalhadores, devemos ter algo entre 12 a 15% de demissões até o momento”, relata Irineu Munhoz, presidente do Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas (Sima).

Irineu, que responde pela entidade patronal, também comenta sobre o funcionamento das fábricas neste momento. “As indústrias aqui de Arapongas estão trabalhando com apenas 50% da capacidade e turnos reduzidos. O fechamento do comércio, principalmente dos grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro, influenciou demais o faturamento das nossas indústrias, já que a maioria das vendas que fazemos são para lojistas dessas regiões”, destacou.

Perguntado sobre a situação dos pedidos de crédito feito pelas indústrias de móveis do polo, Irineu diz que nada mudou. “O crédito ainda está muito difícil de ser acessado. As empresas que mais precisam dos empréstimos são as que possuem mais restrições”, afirma.

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