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Campanha da J Serrano propõe valorizar fornecedores nacionais

Por Natalia Concentino - 29 de Abril 2020

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Uma das alternativas para passar por esse momento de crise provocado pelo coronavírus é valorizar a indústria nacional. Aliás, aqui no Brasil as crises estão se sobrepondo, o que pode ser ainda mais desastroso, já que enfrentamos momentos turbulentos na economia antes da pandemia, e agora vivemos também uma crise política.

Pensando na cadeia produtiva como um todo, a J Serrano lançou recentemente uma campanha, denominada “Juntos somos fortes, juntos somos melhores”, para fortalecer os fornecedores nacionais, que também estão sendo impactados, principalmente pelo forte retorno da concorrência chinesa pós-corona.

A ideia da Têxtil J Serrano é mostrar que o móvel nacional deve ser valorizado como um todo, ou seja, com a utilização de matérias-primas brasileiras, compra de tecidos, por exemplo, produzidos no Brasil, assim como, outros insumos necessários na fabricação das peças. “É muito importante valorizar a cadeia produtiva como um todo, já que os fornecedores também têm de manter suas indústrias e seus colaboradores. Também temos muita preocupação ambiental durante a produção, o que nos difere das indústrias chinesas que vendem tecidos a baixíssimo preço para as moveleiras”, analisa Claudia Gonçalves, diretora de vendas internacionais da J Serrano.

Claudia observou que o setor de tingimento têxtil chinês acaba despejando águas residuais da fabricação, contaminadas por produtos químicos, nos rios que desaguam no mar. “Eles vendem os tecidos a preços impraticáveis para nós, muito por conta da falta de preocupação com o meio ambiente e com as condições de trabalho de seus funcionários. Isso está nos causando uma preocupação muito grande, pois depois de enfrentarem o coronavírus, eles já voltaram a produzir, já possuem feira marcada para julho e baixaram ainda mais os preços de seus produtos”, reforça.

A J Serrano espera que o engajamento da cadeia produtiva ajude a fortalecer a indústria nacional de fornecedores. “Nós esperamos que a campanha tenha aderência e que as indústrias pensem nas consequências causadas pelo desemprego, que pode impactar diretamente nas vendas, pois o consumidor desempregado não terá condições de comprar”, lembra.

E a valorização do móvel nacional, assim como vem sendo defendida em uma campanha desenvolvida pela Abimóvel (Associação Brasileira das Indústria do Mobiliário), pode fazer com que as indústrias moveleiras consigam criar produtos com maior valor agregado. “Quando a moveleira compra um material de qualidade, ela valoriza o seu produto e pode cobrar até um pouco mais. Isso é o que acontece quando as indústrias recorrem aos fornecedores nacionais que, além de tudo, oferecem outras opções de tecido e se responsabilizam ambientalmente”, complementa a diretora.

Claudia Gonçalves conclui afirmando que são os fabricantes nacionais que levam as marcas dos fornecedores ao ponto de venda e que é importante os grandes magazines se conscientizarem que ao valorizar produtos feitos pela indústria brasileira, com materiais nacionais, contribuem com o mercado de trabalho do Brasil, o que faz com que os efeitos da crise sejam menos impactantes.

Confira abaixo o vídeo oficial da campanha: 

 

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