IMG-LOGO

Entraves dificultam recuperação da indústria

Por Marina - 25 de Abril 2018
sondagem-industrial-cni.jpg

Os dados da Sondagem Industrial de março de 2018, pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), apresentam dados positivos como o crescimento da produção industrial, manutenção do  nível de emprego e aumento do uso da capacidade instalada.

 

Embora seja comum que se registre crescimento da produção industrial na passagem de fevereiro para março, em 2018 esse crescimento foi mais intenso que o usual. O índice de evolução da produção, de 55,2 pontos, ficou 8,7 pontos acima do de fevereiro e é 2,1 pontos maior do que a média histórica dos meses de março. Os indicadores da Sondagem variam de zero a 100 pontos. Quando estão acima de 50 pontos indicam aumento da produção e do emprego no setor.

 

Por outro lado, os números divulgados pela CNI também indicam limitações para uma recuperação mais intensa da indústria. As condições financeiras das empresas pioraram em março. Os índices de satisfação com a situação financeira e o lucro operacional pioraram no primeiro trimestre do ano, após sete trimestres consecutivos de melhora. O primeiro caiu 1,3 ponto para 46,0 pontos, e o segundo recuou 1,5 ponto para 41,3 pontos.

 

Já os estoques, que vinham ajustados, apontaram algum excesso e a ociosidade, mesmo recuando, ainda está em um patamar muito alto. O indicador de nível de estoques, em relação ao planejado, ficou em 50,6 pontos, pouco acima da linha divisória de 50 pontos, indicando que os estoques estão levemente acima do planejado. O indicador de utilização da capacidade instalada subiu de 64% em fevereiro para 66% em março. Com isso, a ociosidade é de 34%.

 

Perspectivas do setor

 

As expectativas continuam positivas, mas em um menor grau e a intenção de investimento registrou queda pelo segundo mês consecutivo. Os dois principais problemas enfrentados pelo setor mantiveram-se inalterados na comparação entre o 4º trimestre de 2017 e o 1º trimestre de 2018. 

 

A elevada carga tributária continua em primeiro lugar, com 42,6%, seguida pela falta de demanda interna, com 34,5%. Em terceiro lugar, a falta ou alto custo da matéria-prima apareceu, subindo quatro posições em relação ao trimestre anterior. Esse problema aumentou em 6,2 pontos percentuais, sendo assinalado por 23,1% das empresas.

 

Comentários