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FIMMA 2025: incertezas econômicas inibem investimentos

Revisado Natalia Concentino - 06 de Agosto 2025
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O segundo dia da Fimma 2025, feira de máquinas e equipamentos, matérias-primas para a indústria moveleira, que acontece em Bento Gonçalves (RS), foi marcado ontem (5) por uma movimentação de visitantes um pouco abaixo da imaginada pelos expositores, mas focados em conhecer soluções que ofereçam mais eficiência e competitividade aos seus negócios, como tecnologias que otimizem processos e reduzam custos. Houve, seguramente, fechamento de negócios e muitos contatos, sinalizando que o setor está atento às oportunidades. 

 

Uma pesquisa informal realizada com diversos expositores, contudo, revelou que parte dos industriais do setor moveleiro demonstra certa hesitação neste momento em realizar investimentos na compra, em especial, de máquinas e equipamentos, preferindo aguardar sinais mais claros da economia para a tomada de decisão.  A mensagem que ficou clara no segundo dia é: embora seja o momento de agir, a falta de confiança no futuro exige cautela. 

 

Vale lembrar que pouco mais de 50% do maquinário em exposição na Fimma já está vendido – após o encerramento da feira, elas seguem direto para seus novos donos, o que reflete a força comercial do evento. E que esse volume de compras feitas antecipadamente está incluso na previsão da direção da feira que estima negócios totais na ordem de R$ 1,7 bilhão, parte firmados nos quatro dias da feira, parte a serem concretizados nos 12 meses seguintes.

 

leia: Fimma tem otimismo moderado e preocupação com tarifaço no 1º dia

 

Avalanche de IAs

 

Com um número expressivo de expositores da área de software, o segundo dia da feira revelou que a digitalização da indústria moveleira deixou de ser tendência para se tornar realidade. Plataformas equipadas com Inteligência Artificial surpreenderam os visitantes ao demonstrar como máquinas podem “conversar” entre si, otimizando processos em tempo real.

 

As soluções identificam, com precisão, quais linhas de produtos são mais eficientes (rentáveis) e onde ocorrem perdas financeiras, permitindo ajustes imediatos. A integração entre sistemas e equipamentos promete ganhos significativos em produtividade, controle e tomada de decisão. A presença maciça de empresas de tecnologia reforça a ideia de que investir em automação inteligente é o caminho mais seguro para garantir competitividade nos próximos anos.

 

*Por Guilherme Arruda, jornalista convidado

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