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Flex investe R$1,5 mi em máquina que facilita produção de colchões

Por Natalia Concentino - 19 de Junho 2019

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A Flex do Brasil já está com sua mais nova máquina para produção de colchões em operação, a planta industrial de Limeira (SP) recebeu o equipamento este mês. O investimento feito foi de R$ 1,5 milhão, que será revertido em ganhos de produtividade, custos e flexibilidade, de acordo com o planejamento feito pela empresa. A Flex do Brasil produz colchões das marcas Simmons, Flex e Epeda.

O aporte chama a atenção ante o cenário adverso. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no primeiro trimestre de 2019 a atividade industrial no país recuou 0,7% em relação ao quarto trimestre do ano passado. Os investimentos registraram queda de 1,7%. "Enquanto o mercado mantém a cautela, à espera de sinais mais claros de como a economia vai se comportar, o Grupo Flex continua apostando no Brasil", declara Edson Ayub, Diretor Geral da empresa.

No final de 2018, a Flex já havia promovido a estreia de outra aquisição para seu parque industrial: uma linha para enrolar colchões de molas e acondicioná-los a vácuo em filme plástico, que facilita a movimentação dos produtos e o transporte pelo consumidor. Essa novidade já pode ser vista em lojas da rede de móveis e decoração Etna.

 

Processos simplificados

A máquina recém-instalada permitirá à Flex produzir molas ensacadas de variadas alturas, bem como formar suas respectivas armações (molejos). "Antes, utilizávamos três equipamentos para essas tarefas. Agora, uma única máquina poderá atender a todas as nossas necessidades, o que representa o dobro da capacidade de produção diária de molejos", detalha Dirceu Tomaz, coordenador de processos e qualidade da Flex do Brasil.

Tomaz destaca que a nova máquina facilita os setups, sobretudo pela possibilidade de armazenar configurações numa biblioteca virtual. As trocas de trabalhos são rápidas, eliminando a necessidade de inserção de informações a cada mudança. Os comandos são todos feitos via CLP (controlador lógico programável). "Conseguimos indicar a quantidade desejada de produção e a máquina tem parada automática ao fim do ciclo. Outra característica importante é que alarmes nos avisam quando os insumos estão próximos de acabar. O equipamento incorpora diversos elementos à prova de falha que auxiliam toda a operação", comenta o profissional da Flex.

Esse novo equipamento permite que a Flex tem uma melhor separação entre as etapas de produção e o workflow ficou todo demarcado. Tudo isso fez com que a empresa passasse por um processo de repaginação do seu chão de fábrica, permitindo uma maior capacidade de armazenagem e organização dos molejos prontos. Agora eles são classificados por medidas, em buffers (pulmões) dimensionados de acordo com a necessidade diária de produção. "Em outras palavras, instituímos um kanban", define Tomaz, referindo-se ao sistema de abastecimento e controle de estoques consagrado pela Toyota.

Tomaz ainda observa que a produção é beneficiada pelo fato de a nova máquina acomodar um volume maior de insumos, diminuindo a frequência de trocas de materiais, como bobinas de TNT (tecido não tecido, utilizado para envolver as molas) e rolos de arame. "Essa parte de alimentação da máquina também tem recursos importantes, como uma seladora automática que realiza a união de rolos, dispensando ajustes manuais", explica.

Todas as vantagens trarão quedas de custos que serão determinadas com o andar dos trabalhos. "É certo que teremos uma economia expressiva. Contudo, os ganhos em nosso sistema de qualidade e em toda a logística fabril são os pontos mais importantes", afirma Edson Ayub. Segundo o diretor geral da Flex do Brasil, os incrementos do parque industrial não param por aqui. "Seguiremos investindo para melhorar nossas operações e elevar ainda mais os padrões de nossos produtos".

 

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