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Indústria de espumas implementa cada vez mais tecnologias

Por Natalia Concentino - 11 de Dezembro 2019
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Indústria de espumas implementa cada vez mais tecnologia

Embora para o consumidor mais leigo as espumas pareçam ser todas iguais e só com densidades diferentes, a indústria que produz esse material está sempre pronta para provar que existem muitas coisas por dentro das espumas que compõem os colchões. Fabricantes do mundo inteiro buscam maneiras de se diferenciar e oferecer um produto com qualidade e tecnologia ao mercado. Sim, espumas também podem apresentar características tecnológicas e trazer mudanças na vida de quem compra um colchão.

O fato de existir, aqui no Brasil, um órgão de fiscalização que passou a certificar as espumas – no caso o Inmetro – contribuiu, e muito, para que as principais marcas do segmento desenvolvessem cada vez mais produtos de qualidade e duráveis. “A certificação compulsória dos colchões por si só fez aumentar a densidade real média, o que traz como resultado o aumento da durabilidade dos colchões”, comenta Fabiano Kafer, gerente de pesquisa e desenvolvimento da Herval Química.

O gerente de qualidade da Sanko Espumas, Eduardo Zanini, acredita que a certificação foi fundamental para a qualidade e durabilidade das espumas, mas aponta outra barreira que faz com que as espumas não sejam ainda mais duráveis. “Na verdade, com a certificação compulsória, as espumas usadas nos colchões já apresentam características de maior durabilidade, porém um fator limitante do uso de um colchão ainda é a higiene, afinal o revestimento do colchão (tecido) apresenta muito contato com fluidos corporais e resíduos da descamação da pele, fatores que propiciam a proliferação de ácaros neste revestimento. A Sankonfort chegou a colocar no mercado uma linha de produtos que permitia a lavagem do revestimento, porém esta característica não foi bem recebida pelos consumidores” observa.

Mas até aí não vemos nada de muito inovador, afinal a certificação surgiu para que o consumidor tivesse mais proteção e fez com que as empresas se preocupassem mais com a qualidade de seus produtos, a partir das matérias-primas utilizadas, o que deveria ser apenas uma obrigação. Então, como inovar nesse ramo e surpreender, de fato, o consumidor?

Atualmente o mercado conta com mais tipos de espumas especiais e que se tornaram queridas pelos consumidores. Kafer enxerga desta forma: “Em termos de inovações, nós podemos destacar o uso cada vez maior de espumas especiais pelas indústrias. As viscoelásticas, hipersoft e as de alta resiliência são as principais”. Já Anthony Wittich, sales director da Latexco, acredita totalmente nas espumas de látex, a principal matéria-prima de sua empresa. “Pelo nosso histórico e conhecimento, os fabricantes de colchões desejam soluções de conforto que, ao mesmo tempo, forneçam suporte e durabilidade, fatores que, a meu ver, são encontrados somente no látex”, se posiciona.

Anthony explica o que a sua empresa vem desenvolvendo nesse aspecto. “Uma manta de látex chamada Pulse, que possui propriedades superiores as anteriores. Ela usa um sistema de vulcanização patenteado ‘Sonocore’ onde o processo é feito através de micro-ondas dielétricas, conferindo ao material uma estrutura muito mais homogênea, resistente, confortável e durável”.

A Herval Química, também fornecedora de espumas para o setor, está focada na melhoria das propriedades de deformação permanente à compressão. “Além disso, também queremos eliminar as substâncias restritas, que são mundialmente reconhecidas como prejudiciais e banidas por diversas regulamentações”, diz Fabiano Kafer.

A Sanko Espumas está em fase de estudos para conseguir uma troca percentual de matéria-prima a base de petróleo para uma nova tecnologia a base de CO². O que já está em prática, é a implementação de um conceito mais amplo de conforto. “O que estamos tentando implementar no mercado é o conceito de conforto que, geralmente, causa confusão. As pessoas tendem a acreditar que espuma macia é uma espuma ruim. Podemos ter conforto no colchão e, ao mesmo tempo, força suficiente para sustentar o corpo humano sem prejudicar o colchão”, afirma Eduardo Zanini.

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