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Magazine Luiza investe em operação online

Por Edson Rodrigues - 16 de Junho 2014
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A varejista Magazine Luiza vai avançar no plano de integração de seus canais de venda este ano. No segundo semestre, a companhia começa a testar o projeto de compra no site da rede e retirada dos produtos em loja, uma das principais ferramentas do conceito "omnichannel" no varejo - baseado na oferta integrada de diversas formas de compra.

A informação foi dada pelo diretor executivo de vendas e marketing do Magazine Luiza, Frederico Trajano, em evento do setor no fim de maio, e destacada em relatório da equipe de análise do Deutsche Bank. Procurada, a empresa confirma a informação, mas não dá detalhes do projeto. O Valor apurou que, inicialmente, devem ser feitos testes pilotos com alguns produtos em um número limitado de lojas.

De janeiro a março, as vendas brutas do site da companhia atingiram R$ 433,2 milhões, alta de 44% sobre 2013. A taxa é quase o dobro do crescimento de venda das lojas físicas. A operação do site representa 16% das vendas totais.
Projeto de venda pela web e retirada em loja é um modelo complexo porque exige integração de várias áreas dentro da empresa, ou há o risco, por exemplo, de o consumidor chegar ao ponto de venda e o produto não estar disponível para retirada.

Tanto no site quanto nas lojas, o Magazine Luiza hoje usa o mesmo estoque e são os mesmos centros de distribuição, num total de oito centros no País. "Isso só funciona se estiver realmente tudo muito ajustado, para não correr o risco, por exemplo, de vender algo pelo site que não existe no estoque da loja", disse Alberto Serrentino, sócio da consultoria Varese.
Além disso, é preciso que a empresa tenha claro como contabilizar - se na operação física ou on-line - os custos operacionais dessa venda no site e retirada em loja. Isso inclui despesas com venda, comissão do vendedor, e especialmente, custos com transporte e frete com a compra.

O reforço da operação online do magazine pode contribuir para aumento de receita, mas se a empresa entra numa batalha por fatia de mercado (algo que a rede nega fazer) um aumento de venda no site pode comprometer a margem bruta do grupo. No mundo, esse modelo de venda integrado está mais maduro. Na Best Buy, varejista americana, cerca de 40% das vendas no site são retiradas em lojas. Walmart, Tesco e Target também oferecem o sistema no exterior há anos.

(Com informações do jornal Valor)

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