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Plataforma 4: Sozinhas eram pétalas, juntas são rosas

Por Natalia Concentino - 04 de Outubro 2019
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Plataforma 4: Sozinhas eram pétalas, juntas são rosas

Associar flores, especialmente as rosas vermelhas, ao sentimento de amor e compaixão é algo muito comum. Entretanto, para essa história também vamos tratar de rosas, mas das amarelas, que significam amizade. Trataremos mais especificamente sobre a união de Amélia Tarozzo, Camila Fix, Flávia Pagotti Silva e Rejane Carvalho Leite.

Elas possuem trabalho individual, porém, quando decidem somar seus conhecimentos surgem peças de mobiliário grandiosas. Como o próprio título revela – sozinhas eram pétalas, mas juntas formam rosas.

Antes de contarmos sobre a Plataforma 4, estúdio de design colaborativo criado pelas profissionais, vamos conhecer um resumo da história de cada uma delas.

As pétalas

Comecemos por Amélia Tarozzo. O gosto pelo desenho, pintura e criação de objetos acompanha a profissional desde pequena. Além disso, a atração pela madeira veio de seu avô, que foi dono de uma fábrica de móveis por mais de 50 anos.

De Ribeirão Preto, no interior paulista, ela é formada em Arquitetura pela Fundação Armando Álvarez Penteado (FAAP) desde 2000. Quatro anos depois começou a trabalhar com design em uma pequena fábrica. Lá familiarizou-se com os processos de fabricação artesanal de móveis de madeira e pode vivenciar toda a rotina comercial, administrativa e de produção. Isso ajudou para que ela pudesse lançar, em 2007, sua primeira coleção autoral de móveis em madeira. Amélia prioriza em seus projetos a ergonomia, estética inovadora e uso responsável da matéria-prima.

Camila Fix também é arquiteta e possui especialização em design de produto pela Royal Academy of Art, de Haya, Holanda. Ela iniciou sua carreira no design quando trabalhou na coordenação do setor no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo. Depois disso, fundou o núcleo de design de produtos São Paulo, da Indio da Costa AUDT, onde atuou de 2002 a 2010 como diretora de design e novos negócios. Hoje atua como designer de produtos na Fix Design e na Plataforma 4.

Os produtos feitos pela Fix Design foram publicados no livro Spoon, da Phaidon Press; Design Brasileiro; e no 101 Anos de História da Editora Abril. A partir de 2018 a área de atuação da empresa foi ampliada e passou a fazer curadoria de Design, em exposições como “Nossa Casa”, apresentada no pavilhão do Brasil durante a semana de design de Milão em 2018, e no Museu da Casa Brasileira.

A também arquiteta e mestre em Design Products pela Royal College of Art, em Londres, Flávia Pagotti Silva, trabalha como designer desde 2001 de forma independente e autoral. Participou de diversas exposições e recebeu prêmios no Brasil e no exterior, entre eles o Design do Museu da Casa Brasileira, IF Product Design Award, Salão Design e Prêmio Design for our Future Selves (Helen Hamlyn Research Centre).

Em seus projetos, Flávia observa a forma como as pessoas usam, como se relacionam e o que esperam de cada peça. Acredita que gestos e hábitos são carregados de significados e histórias que, se observadas de perto, são pontos de partida para ideias, conceitos ou produtos. Assim, baseados em necessidades simples, movimentos inesperados e formas inusitadas, cada um de seus produtos provoca sensações, emoções ou lembranças.

Para os projetos de Rejane Carvalho Leite a união entre racionalismo e intuição estética, utilizando tecnologias de ponta para obter um produto atemporal, é o que guia o trabalho. Arquiteta e Urbanista por formação, ela foi seduzida pelo design de produto quando passou a criar para a indústria, em 2002, quando fazia protótipos e testava materiais e técnicas.  Fez alguns cursos de aprimoramento na Universidade Politécnica de Milão e, também, trabalhou com parcerias em Florença, na Itália.

No processo criativo, os primeiros traços à mão demonstram a preocupação com o uso consciente dos materiais e da produtividade. É na arquitetura, na natureza, nas texturas, na música, na poesia, nas artes plásticas, no cinema e em outras inúmeras situações e vivências do cotidiano que renova sua fonte inspiradora. Na lista de matérias-primas estão a madeira, metal, acrílico, fibra, alumínio, couro, tecido e papelão.

Leia a reportagem completa acessando aqui a versão digital da nossa revista.

 

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