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Samsung faz maior pesquisa de saúde do sono com Galaxy Watch

Revisado Natalia Concentino - 25 de Outubro 2023
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Em simpósio realizado no dia 24 de outubro no World Sleep Congress 2023, principal conferência mundial sobre a saúde do sono, a Samsung apresentou uma das maiores pesquisas relacionadas ao tema, feita com a família Galaxy Watch. Com dois anos de duração e cobertura em mais de 190 países, o levantamento revelou dados preocupantes sobre o Brasil e o mundo, mostrando uma redução no tempo e qualidade de sono, o que gera sérios impactos na saúde como um todo.

 

Desde o lançamento do Galaxy Watch 4, a Samsung intensificou seus esforços para melhorar recursos focados na saúde do usuário, com cada nova geração do smartwatch trazendo recursos aprimorados, como o sensor de temperatura da pele no recente Galaxy Watch 6. Em apresentação feita à imprensa no Rio de Janeiro nesta semana, a marca afirmou que os investimentos serão amplificados nos próximos anos, e reforçou sua missão de "melhorar a vida de bilhões de pessoas".

 

Parte dos resultados desses investimentos elevados foi apresentada no World Sleep Congress 2023, na forma de uma das maiores pesquisas sobre a qualidade de sono já realizadas, com parâmetros que impressionam: aplicado entre junho de 2021 e maio de 2023, o estudo foi feito utilizando dados anônimos autorizados por usuários dos Galaxy Watch 4, Watch 5 e Watch 6 em 195 países, incluindo o Brasil, e registrou informações de um total de 716 milhões de noites de sono.

 

Uma das maiores pesquisas sobre a saúde do sono, o estudo feito pela Samsung coletou dados de forma anônima e consentida em 195 países utilizando os Galaxy Watch 4, Watch 5 e Watch 6 (Imagem: Renan da Silva Dores/Canaltech)

 

Conforme revelou a marca, as estatísticas são preocupantes, sugerindo que a população mundial tem dormido menos tempo, e acordado com maior frequência durante as noites, consequentemente reduzindo a qualidade do sono — dormir bem é crucial para ter boa saúde e evitar doenças graves.

 

Como boa notícia, a ampla pesquisa servirá de base para que estudos mais aprofundados sejam realizados, através de parcerias com hospitais e universidades, abrindo caminho para o desenvolvimento de novos tratamentos e um melhor entendimento do comportamento das pessoas de acordo com a idade, localização, gênero e outros aspectos.

 

Ainda durante o congresso, a gigante sul-coreana detalhou como está trabalhando para buscar oferecer melhorias no sono dos consumidores, demonstrando funcionalidades integradas à família Galaxy Watch preparadas para explicar de forma simples os dados da noite de sono, e ajudar usuários a dormir melhor de forma lúdica.

 

O destaque da participação da Samsung no congresso foi a apresentação dos dados da pesquisa, que mostram um cenário preocupante. Na comparação entre o primeiro e o último ano do levantamento, o tempo médio de sono da população mundial caiu em quatro minutos, passando de um total de sete horas e três minutos para seis horas e 59 minutos. Apesar de parecer uma diferença pequena, trata-se de uma redução suficiente para deixar o total mais distante do número ideal de sete a oito horas recomendado por especialistas.

 

Outro fator agravante é o tempo que permanecemos acordados, tanto de forma consciente (de olhos abertos), quanto inconsciente (olhos fechados, sem ciência de que estamos de fato acordados). O estudo mostra que houve um aumento de quase dois minutos, que somado à redução no tempo total de sono, resulta em uma queda da eficiência — a relação entre o tempo que estamos deitados e o período em que estamos dormindo —, indicando menor qualidade.

 

O estudo revelou tendências preocupantes — estamos dormindo menos e acordando mais durante o sono (Imagem: Renan da Silva Dores/Canaltech)

 

Contatou-se que o público feminino e as pessoas de maior idade foram os grupos que apresentaram quedas mais acentuadas na eficiência do sono, mas que curiosamente a América Latina é a região em que a redução foi menor. O levantamento encontrou ainda um cenário peculiar em relação ao déficit de sono, a diferença entre a quantidade de sono que o corpo precisa e o quanto as pessoas costumam dormir, medida a partir da diferença de minutos de sono entre os dias úteis e os fins de semana.

 

Quem chama atenção nesse caso é a população asiática, que possui o menor déficit de sono, apesar de serem o público que menos dorme e tem menor eficiência. também há destaque para o fato de jovens terem um déficit maior em relação a participantes mais velhos, algo que pode estar relacionado à rotina mais agitada da juventude, com cada vez mais exigências na vida profissional.

 

Comparados ao restante do mundo, os brasileiros dormem mais tarde e são menos ativos, mas apresentam duração de sono similar, com maior tempo nos fins de semana (Imagem: Renan da Silva Dores/Canaltech)

 

Comparando o Brasil com o mundo, o estudo mostra que o brasileiro tem uma duração de sono similar à média global, mas fica mais tempo na cama aos sábados e domingos — cerca de três minutos a mais. Costumamos dormir mais tarde, por volta das 0h20, porém nos levantamos mais tarde, às 7h22 em média. Para completar, não somos tão ativos, realizando atividades físicas por apenas 48 minutos, contra 56 minutos da média mundial.

 

Há mais algumas curiosidades observadas pela pesquisa:

 

  • O público feminino dorme mais cedo e por mais tempo que o público masculino
  • Pessoas mais ativas dormem menos, mas têm uma qualidade melhor de sono, passando menos tempo acordadas
  • Europeus apresentam o período de ronco mais longo do mundo, de mais de uma hora — brasileiros chegam a pouco menos de uma hora, estando abaixo da média mundial
  • A quantidade de luz natural que um país recebe impacta a qualidade do sono — países do norte europeu recebem menos luz, e dormem mais que o sul europeu

 

Agora, com a grande quantidade de dados, a ideia é que novos estudos sejam realizados para não apenas desenvolver tratamentos de doenças do sono mais adequados para diferentes públicos, como ainda entender melhor o impacto de determinadas características na saúde das pessoas, e identificar os motivos por trás de certas observações, incluindo o menor déficit de sono na Ásia e entre pessoas de mais idade.

 

A Samsung deve trabalhar com grandes universidades, centros de pesquisa e hospitais para tratar as informações coletadas, já tendo parcerias com instituições de renome pelo mundo, estando entre elas organizações do Brasil. Algumas das entidades nacionais que atuam com a marca em estudos de diferentes áreas da saúde incluem o Instituto do Coração (InCor), o Hospital Israelita Albert Einstein, a Unicamp, a Universidade Federal do Ceará, a Universidade do Estado do Amazonas e o Instituto do Sono.

 

leia: INER divulga tabela de biotipo ao mundo no Congresso do Sono

 

Samsung no World Sleep Congress 2023

 

Além de apresentar os resultados da pesquisa, a Samsung preparou um estande próprio no World Sleep Congress, onde destacou os recursos de saúde que oferece através da plataforma Samsung Health, combinada aos relógios da família Galaxy Watch, à Samsung Health Stack, plataforma para coleta e gerenciamento de dados de saúde, e ao kit de desenvolvimento de software (SDK) Samsung Privileged Health, que fornece acesso total aos sensores dos smartwatches da fabricante.

 

Os visitantes puderam testar os sensores do Galaxy Watch 6 acompanhando os batimentos ao fazer uma curta sessão de exercício na bicicleta ergométrica e ao receber uma massagem, para registrar as variações do ritmo cardíaco e entender a importância do relaxamento na cotidiano. Fora isso, foi possível responder a um questionário sobre a rotina de sono, recebendo ao final uma classificação baseadas em animais, de acordo com os hábitos.

 

São oito no total, da melhor para a pior qualidade do sono: Leão Despreocupado, Morsa Tranquila, Toupeira Avessa ao Sol, Ouriço Sensível, Cervo Cauteloso, Jacaré na Caça e Tubarão Exausto — a gigante explica que a escolha de cada um foi feita seguindo os hábitos desses animais, com o objetivo de facilitar o entendimento, tornar o acompanhamento do sono mais divertido e incentivar a melhora dos hábitos.

 

É nessa parte em que entram as iniciativas da Samsung para auxiliar os usuários a dormirem melhor, com destaque para o programa de treinamento do sono. Após pelo menos sete noites, o Samsung Health define qual animal representa o usuário e dá dicas para estabelecer uma rotina adequada para dormir melhor. A iniciativa é estabelecida em três pilares (compreender os padrões de sono, adotar hábitos melhores e criar um ambiente amigável ao sono), e teria maior impacto positivo em quem possui os piores hábitos, segundo os dados da pesquisa.

 

Com sua presença no congresso, a companhia visava passar algumas mensagens. Em primeiro lugar, a gigante quis deixar explícita a alta precisão do monitoramento do Galaxy Watch 6, que teria baixa margem de erro em relação à polissonografia, o exame complexo feito para checar a saúde do sono. Ainda que a recomendação seja sempre realizar o procedimento médico em casos mais sérios, os dados do relógio ajudam a fazer um check-up rápido e definir se é preciso consultar um especialista.

 

A marca também pretendia deixar claro que o acompanhamento geral da saúde é uma das suas prioridades, com investimentos cada vez maiores em pesquisa e desenvolvimento para projetos na área, e confirmou que terá grandes novidades em breve — devemos saber mais nos próximos meses.

 

Fonte: Canaltech

 

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