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Setor moveleiro de SC busca alternativas para matéria-prima

Por Natalia Concentino - 31 de Maio 2021
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Preocupada com o suprimento de matéria-prima e insumos para os setores de base florestal e moveleiro de Santa Catarina, a Federação das Indústrias (Fiesc) iniciou o encaminhamento de soluções. A reunião virtual das Câmaras de Desenvolvimento da Indústria Florestal e do Mobiliário, dia 18 de maio, para tratar do assunto, contou com a participação de representantes do governo de Santa Catarina e de sindicatos industriais.  

De acordo com o presidente da Câmara do Mobiliário, Arnaldo Huebl, o setor é bastante representativo, emprega muitos trabalhadores e está em franco desenvolvimento. “Estamos preocupados com a matéria-prima de hoje e do futuro. Já sentimos falta de insumos e por isso precisamos pensar no curto, médio e longo prazos. Nossa matéria-prima tem seu tempo de crescimento de no mínimo 15 anos para ser utilizada na fabricação de móveis. É hora de discutir o assunto e chegar a um consenso”, destacou. 

Segundo o Anuário Estatístico de Base Florestal para o estado de Santa Catarina de 2019, grande parte da base florestal plantada está concentrada em empresas integradas verticalmente, garantindo o abastecimento de matéria-prima em seus processos industriais.  O presidente da Câmara de Desenvolvimento da Indústria Florestal da Fiesc, Odelir Battistella, destacou a importância de ações de curto, médio e longo prazos para os problemas de escassez de matéria-prima no setor moveleiro, principalmente referente a toras com diâmetro acima de 18 e 20 centímetros, que demoram mais de 15 anos para maturar. 

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Batistella citou a necessidade da criação de uma política industrial, que envolva a indústria, associações, o governo e o setor privado.  “Para minimizar os impactos, as discussões iniciadas nas Câmaras trazem a oportunidade da adoção de ações integradas por parte da iniciativa privada e do setor público, promovendo políticas que estimulem investimentos em florestas plantadas, de forma a manter o equilíbrio entre a oferta e demanda futura de madeira no estado”, afirma o vice-presidente da Fiesc, Gilberto Seleme, lembrando que o Programa Travessia elencou alguns setores prioritários para atuação, entre eles o moveleiro. 

“A participação de todos os representantes da cadeia nas discussões promovidas pela Fiesc são fundamentais para inspirar a solução do problema”, completa Seleme.

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