Aumentam os sinais de desaceleração na indústria

A produção da indústria ficou relativamente estável em julho, na comparação com o mês anterior. Há indicações de que a atividade industrial segue abaixo do usual e em desaceleração. O indicador de evolução da produção situou-se em 53,4%, 1,1 ponto percentual superior a junho e o índice de Uso da Capacidade Instalada efetiva-usual ficou em 69%, mesmo índice de junho. A indústria opera abaixo da utilização da capacidade usual há oito meses consecutivos. Dos 26 setores da indústria de transformação, 22 operam com atividade abaixo do usual.
O setor de móveis, por sua vez, opera com 67%, dois pontos acima do mês de junho. O indicador de evolução ficou 1,7 pontos acima do índice de junho, totalizando 55,2 pontos. Os níveis de produção na indústria moveleira também refletiram positivamente em julho em relação ao mês anterior com 50 pontos ante 43,5 pontos em junho. As exportações também se comportaram melhor, segundo os indicadores de julho: 46,9 contra 40,6 pontos em junho, mas abaixo do índice de 50 pontos que significa equilíbrio.
Por seu lado, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) voltou a cair em agosto e atingiu 56,4 pontos. Entre julho e agosto a que¬da do ICEI foi de 1,5 ponto. Na comparação com o mesmo mês de 2010 houve queda de 7,6 pontos. As expectativas seguem positivas, mas cada vez menos otimistas.
A queda da confiança ocorreu para todos os portes de empresa e para quase todas as regiões brasileiras, com exceção do Nor¬deste.
Mas, novamente o setor de móveis se desprendeu da média da indústria e avançou de 57,3 pontos em julho para 58,8 pontos em agosto, embora ainda abaixo do indicador de agosto de 2010 que indicava 63,2 pontos.