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4º trimestre é a esperança do setor moveleiro

Por Jeniffer Oliveira - 28 de Setembro 2018
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É difícil encontrar adjetivo para resumir o que vem ocorrendo com o setor moveleiro. Entra ano e sai ano, mas quase nada muda no cenário. E, assim, pouco também se observa no horizonte em médio e longo prazos. Mas o título acima também poderia ser “Colhemos apenas o que plantamos”, ou não?

 

Parece pessimismo, mas estamos apenas refletindo a realidade, reforçada em números que não deixam dúvidas. Os dois mais importantes indicadores são produção e vendas. De janeiro a julho a produção aumentou 4,5% e o volume de vendas do varejo recuaram 3,7%. No mesmo período os preços de mobiliário na indústria aumentaram 7,3%, muito mais pelo lançamento de produtos de mais valor agregado do que por reajuste de preços dos produtos existentes. E o IPCA de móveis, sempre muito abaixo do índice geral, mostra as dificuldades do varejo em repassar preços ao consumidor. De janeiro a julho, para um IPCA geral de 2,41%, mobiliário registrou alta de apenas 0,80%. Isso ratifica o que escrevemos acima (a alta de preços na indústria é puxada por novos produtos).

 

De bom temos as exportações (exceto móveis hospitalares e outros do Cód. 9402.), que renderam U$ 390 milhões, de janeiro a julho, alta de 10,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. Neste campo, é preciso considerar como fator negativo o aumento das importações na ordem de 21,1% nos primeiros sete meses do ano. E da China vieram 33% mais do que no ano passado.

 

Observando os números do setor fica evidente que o ano não está sendo fácil. O CEO do Intelligence Group, Ari Bruno Lorandi, analisou os dados do IBGE de janeiro a julho e apresentou o desempenho da indústria e do varejo nesse período, além de revelar quais são as perspectivas para os últimos meses do ano. Clique aqui e veja mais detalhes dessa análise na reportagem que abre a edição de setembro da revista Móveis de Valor.

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