Chineses ultrapassam 50% da base global ativa da Amazon
Pela primeira vez na história, os vendedores chineses representam mais da metade (50,03%) da base global ativa de sellers da Amazon. A marca reflete uma década de crescimento acelerado, com a China passando de uma minoria para a maioria nas plataformas internacionais da gigante do varejo.
Apesar de a predominância em número ser global — estendendo-se a todos os principais marketplaces, exceto o Japão —, os vendedores dos Estados Unidos continuam à frente na geração de receita.
A virada global impulsionada pela tecnologia
O domínio chinês é notável no contexto das novas inscrições. Em 2015, os vendedores chineses representavam apenas 7,1% das novas contas na Amazon.com, enquanto os norte-americanos somavam 70,6%. Em 2024, o cenário se inverteu drasticamente: 62,3% das novas inscrições vieram da China, com os EUA caindo para 26,8%.
Essa virada foi acelerada por fatores tecnológicos e de mercado:
- Inteligência Artificial (IA): O uso de ferramentas de IA superou barreiras históricas, como a necessidade de adaptação cultural dos anúncios. A IA agora cuida da tradução, otimização e adequação cultural em larga escala.
- Vantagens Chinesas: A proximidade da indústria e as relações diretas com fabricantes (eliminando intermediários) permitem que os vendedores chineses ofereçam preços significativamente mais baixos sem comprometer as margens.
Receita: EUA ainda na liderança
Embora a China domine em número, a receita ainda pende para os vendedores locais.
- Globalmente, os vendedores chineses respondem por apenas 39% da receita de terceiros da Amazon.
- Nos EUA, onde os sellers locais movimentam cerca de US$ 157 bilhões (de um GMV de terceiros avaliado em US$ 305 bilhões), a média de receita por vendedor é de US$ 884,9 mil, mais que o dobro da média gerada pelos vendedores chineses (US$ 393,5 mil).
Para se manterem competitivos, especialistas apontam que vendedores locais precisam adotar as mesmas ferramentas de IA que impulsionam o crescimento chinês, além de aprimorar a eficiência operacional e buscar diferenciais que justifiquem um posicionamento premium além da simples localização geográfica.
Com informações www.ecommercebrasil.com.br




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