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Lojas de móveis fecham as portas em Maceió

Por Daniela Maccio - 18 de Abril 2016
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A crise política e econômica nacional tem feito grandes redes varejistas de móveis e eletros fecharem lojas. Na capital alagoana, cerca de 30 lojas foram fechadas em um ano, gerando desemprego de 800 trabalhadores diretos e indiretos. A perda no faturamento mensal ultrapassa o montante de R$ 2,5 milhões. Segundo o presidente da Aliança Comercial, associação de lojistas de Maceió, Guido Júnior, todos os comerciantes passam a sentir reflexos drásticos. “Começa pelo aluguel, já que todas as lojas são alugadas e o comerciante precisa honrar com o pagamento. O faturamento não está cobrindo os custos e a realidade nua e crua vem se arrastando há um ano. Para se ter uma ideia, 200 lojas da Insinuante no Brasil fecharam as portas e a marca passa a fazer parte da bandeira Ricardo Eletro. A Eletro Shopping também sairá de cena, unindo-se à Ricardo", comenta.

 

Guido Júnior sinalizou que o fechamento das lojas gerou uma média de 450 demissões de trabalhadores diretos e 350 indiretos, somente no comércio de Maceió. "É lamentável esta situação, pois jamais se viu um cenário como este, com tantas lojas fechadas. A semana do Liquida Maceió, aqueceu o varejo, mas não dá para amenizar a crise. Apesar desse cenário, está descartada a possibilidade de fechamento do comércio, pois é um ramo que sempre permanece ativo, driblando toda e qualquer crise, ainda que de proporções jamais vistas", disse o presidente. A relação das lojas de móveis fechadas no centro da cidade abrange a Credimóveis, Eletro Shopping, Laser Eletro, Insinuante, Universal Móveis, Casas Bahia e Ricardo Eletro.

 

Unificação de marcas

Em março, a Máquina de Vendas anunciou a integração das bandeiras Ricardo Eletro e Insinuante, que deixaram de existir de forma independente. Além das duas marcas, o grupo reúne lojas da Salfer, City Lar e Eletro Shopping, cada uma delas com forte atuação regional. O nome Ricardo Eletro passa a preceder as outras marcas e poderá substituí-las.

 

Ricardo Nunes, presidente do grupo, assegurou que a unificação das marcas não vai gerar fechamento de lojas ou demissões. O grupo está avaliando loja a loja. "Finalmente estamos mostrando o plano de sinergia da marca", declarou o presidente em relação à decisão de usar somente a marca Ricardo Eletro para todas as mais de mil lojas do grupo em todo o país. A medida faz parte dos esforços da companhia para fazer frente aos impactos da crise no segmento e às próprias dificuldades internas.

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