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Copa não causará impacto significativo no comércio

Por Edson Rodrigues - 10 de Junho 2014
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Estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostrou que a Copa do Mundo não deve causar impacto significativo no comércio brasileiro. A pesquisa, realizada com 18 mil brasileiros em todas as capitais e respectivas regiões metropolitanas, identificou que metade dos brasileiros não pretende fazer compras em decorrência do evento e mais de 50% não gastará a mais com lazer.
“Para o comércio, a Copa não tem impacto tão grande. O percentual de pessoas que pretende consumir na Copa no comércio não é muito grande. O único item que se destacou é o de eletroeletrônicos. Eles se beneficiaram com a Copa, em termos positivos. Mesmo alimentos, os brasileiros não vão consumir mais alimentos, vão trocar por outros”, explicou o economista Fabio Bentes.
Ainda de acordo com a pesquisa, 49,9% dos entrevistados revelaram que não comprarão “nenhum produto" em decorrência da Copa. No Sudeste, esse percentual sobe para 64,4%. Nas cidades-sede, esse número chega a 52,8%.
No Norte do país, no entanto, 37% têm intenção de gastar com alimentos e 31,2% com televisores. O nordeste apresenta o maior percentual de gastos com vestuário, 20,3%, segundo a CNC.
“Para o comércio, combustível, lubrificantes, será negativo. Teremos um fevereiro em junho. No caso de combustíveis, dependem de circulação de pessoas. O setor vai faturar menos. O setor de farmácias e perfumaria, que estava indo vem, também será afetado, não tem apelo na Copa”, completou.

Serviços lucram
A pesquisa revelou ainda que o setor de serviços terá impacto positivo por causa do evento. Segundo Bentes, a Copa vai provocar uma transferência de recursos do comércio para o serviço.
“Serviços de hospedagens tendem a ser afetados positivamente. Bares e restaurantes também. Para o setor de serviço, o impacto da Copa é positivo sim. A pessoa pode viajar para ver a Copa. Aquele alimento do supermercado, no entanto, vai ser consumido no bar, no restaurante da cidade. Consumo e alimentação fora do domicilio vai ter rendimento mais rápido”, concluiu o economista.

Brasileiros em casa
A análise apontou também que os brasileiros vão passar a Copa em casa, 74,4% dos entrevistados declararam que não vão viajar. Este percentual cai um pouco entre consumidores com renda acima de dez salários mínimos para 68,8% e, destes, 16,4% vão viajar de avião.
Segundo a CNC, 54,1% dos entrevistados afirmam que não irão gastar a mais com lazer e 53,4% responderam que os gastos com alimentação serão feitos em suas residências. O percentual daqueles que pretende gastar com bares e restaurantes é de 24,2%.

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