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Desoneração traz boa perspectiva para o setor

Por Jeniffer Oliveira - 13 de Novembro 2018
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O polo moveleiro de Bento Gonçalves (RS) começou a semana projetando os impactos da Medida Provisória 843/2018, aprovada na última semana pelo Senado Federal e que institui o Programa Rota 2030, que dispõe sobre pautas consideradas prioritárias para o setor produtivo. Para o setor moveleiro, o principal impacto é a reinclusão na desoneração da folha de pagamento. Com a sanção presidencial, que deve ocorrer nos próximos dias, a indústria de móveis volta a ter o incentivo até dezembro de 2020.

 

A articulação política contra a reoneração da folha de pagamento foi da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), com apoio de empresários do setor, que desde maio busca reverter o veto presidencial que cortou o benefício de 39 setores produtivos. A reoneração da folha representava mais um em trave à competitividade do setor, já impactada por questões como aumentos no frete, na energia elétrica, no custo das chapas, logística prejudicada pela condição da malha rodoviária, etc.

 

O presidente do Sindicato das Indústrias do Mobiliário (Sindmóveis) de Bento Gonçalves, Edson Pelicioli, considera a medida como o retorno de mais um incentivo que a indústria havia perdido e que pode impactar na confiança do empresário. “Essa articulação mostra, mais uma vez, a importância do associativismo e como é crucial manter as entidades fortes e coesas”, frisa Pelicioli.

 

Com a desoneração, as indústrias moveleiras passarão a recolher a contribuição do INSS sobre a receita, em substituição ao percentual de 20% sobre a folha. Isso representa o equivalente a 2,5% da receita bruta, excetuando valor da venda de exportação direta, pagamento de IPI, devoluções e descontos. A medida beneficia especialmente as empresas com produção menos mecanizada e com alto índice de mão de obra contratada.

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