IMG-LOGO

Inamel acumula dívida de 50 mi

Por Daniela Maccio - 31 de Outubro 2016
inamel.jpg
Antigas instalações da Inamel

Conceituada empresa do ramo dos móveis de aço e que chegou a empregar 500 funcionários nos anos 2000 em Mogi Mirim (SP), a Inamel já acumula dívida de mais de R$ 50 milhões diante do montante de impostos. Foi o que confirmou o advogado, e administrador judicial dos bens da empresa, Thiago Andrade Bueno de Toledo.

 

Em 2008, a Inamel requereu a recuperação judicial para tentar sair da crise em que se encontrava. Contudo, em março de 2009, diante da situação econômica e social, foi decretada a falência da empresa, já que a mesma não teria cumprido os requisitos da legislação em vigor. A partir disso, a firma passou a ter uma nova personalidade jurídica, denominada massa falida de Inamel Móveis de Aço Ltda. A empresa deve R$ 20,4 milhões em tributos. Já o valor do débito trabalhista é de pouco mais de R$ 4 milhões, conforme edital de intimação, publicado na edição de O Popular da última quarta-feira (26).

 

Com objetivo de gerar receita e cessar a maioria das despesas com água, energia, segurança e portaria, manutenção e Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Toledo explicou que o parque fabril da Inamel, localizado no Distrito Industrial José Marangoni, foi locado pela Artmóveis, fábrica de móveis de aço e soluções em armazenagem, fundada em 1998. A locação foi aprovada em assembleia dos credores. A Artmóveis ocupou as instalações da Inamel de dezembro de 2009 até agosto do ano passado, gerando mais de R$ 7 milhões de ativos. O valor, segundo o administrador judicial, será utilizado para pagamento dos créditos trabalhistas. Posteriormente, os recursos arrecadados com a venda do imóvel e dos bens móveis serão destinados para liquidar a dívida com outras classes.

 

Os valores foram publicados para dar publicidade aos credores, que terão prazo de cinco dias para entrar com as impugnações. A partir disso, Toledo afirmou que será possível iniciar os pagamentos dos credores na ordem que a lei prevê. O advogado Edy Gomes, que defende a causa trabalhista, informou à reportagem do jornal O Popular que ainda não há prazo definido para os pagamentos dos funcionários.

Comentários