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E-commerce tornou as empresas mais ágeis, acredita CEO da Cybelar

Por Edson Rodrigues - 22 de Julho 2020
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Ubirajara Pasquotto, CEO da Cybelar, participou do Mercado&Consumo em Alerta, nesta quarta-feira (22). O executivo falou sobre o atual momento que o país enfrenta e como a rede varejista de móveis e eletrodomésticos tem enfrentado os desafios diante da crise.

Pasquotto reforçou a importância – uma das essências do varejo – do olho no olho e no abraço ao consumidor. Para ele, no período pós-pandemia, será necessário entender como lidar com os clientes, fornecedores e parceiros de forma mais leve e simples. “Em um ambiente pesado como o presente, pensar simples, pensar de forma humanizada, pensar leve, pensar em como aproximar todos os envolvidos em um negócio, são ativos que operações de outros polos brasileiros ensinam para os grandes centros do sudeste”.

O executivo destacou também a relevância dos dados ao dizer que eles “nos dão informações transformadoras para melhorarmos constantemente os nossos negócios”. Durante o bate-papo, Ubirajara disse que “o matemático voltou a ter a importância que sempre deveria ter tido”, e agora, mais do que nunca, essa premissa é verdadeira.

O setor de móveis e eletrodomésticos, segundo o CEO da Cybelar, não foi taxado como essencial, e por isso a empresa precisou acelerar todo seu processo de transformação no e-commerce e focar neste ativo. “O e-commerce faz com que sejamos mais ágeis e ele tomou o protagonismo dentro da nossa empresa. De março para cá, esse protagonismo foi muito maior do que imaginávamos e foi a área que mais cresceu e trabalhou neste período”, e completou revelando que a experiência do ponto de venda conectado com o e-commerce foi um desafio. “Não temos a disponibilidade no online que gostaríamos de ter, como temos no ponto físico”, lamentou.

Ainda sobre e-commerce, Pasquotto contou que o principal desafio é a logística. Ele explicou que a Cybelar é uma empresa de “varejo de loja de caixa grande” e isso faz com que a logística seja fundamental neste processo. “Trabalhamos incansavelmente sete dias por semana, 24 horas por dia para atender todos os pedidos realizados em nossa loja virtual, pois entendemos que o cliente, que confia na nossa marca, queria ser atendido no prazo”, disse.

Questionado sobre os novos formatos de lojas, o executivo acredita que “eles vieram para ficar”. Segundo ele, essa era uma discussão na pauta da empresa antes da pandemia. Para ele, é muito melhor estar próximo do cliente com lojas menores e mix que atendam a necessidade daquele local do que ter lojas maiores, porém afastadas do público. “Essa modificação dos espaços disponíveis para o novo consumidor deve ser incorporada. Acredito que será preciso mais profusão de ponto de encontro e mais disponibilidade de estar próximo do consumidor”, comentou.

Por último, Ubiraja Pasquotto chamou a atenção para o termo “isolamento social”. “Eu diria que estamos em confinamento físico, não isolamento social. Este momento nos oferece a oportunidade e o privilégio de participar da maior aglomeração social que o mundo já viveu”, disse, referindo-se ao contato digital que as pessoas estão tendo durante a pandemia.

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