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Empresários capixabas querem lojas e shoppings abertos

Por Natalia Concentino - 17 de Abril 2020
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Empresários do ES querem lojas e shoppings abertos

Um grupo de empresários do Espírito Santo redigiu uma proposta que visa a abertura do comércio de rua e shoppings centers em horários especiais durante a pandemia do coronavírus. De acordo com o texto, o comércio funcionaria com dois horários diferentes para evitar aglomerações nas ruas e nos ônibus.

Segundo a proposta, as lojas de rua do segmento de construção civil, como ferramentas, móveis, materiais de construção, funcionariam de 8 às 15 horas. Já o comércio de roupas abriria às 10 horas e fecharia às 16, para evitar conflito de horário de funcionamento com outros serviços, como a indústria, por exemplo.

As óticas foram consideradas pelos empresários como serviço essencial, portanto deveriam funcionar em horário normal. Já as academias, bares, cerimoniais e espetáculos não foram incluídos na proposta.

Para o comércio das cidades do interior do estado, a sugestão é de que os estabelecimentos funcionem com horário restrito, das 10h às 16h.

“Uma vez definida a abertura, iríamos abrir gradativamente, com um segmento funcionando em um horário, outro em um período diferente, como um rodízio”, afirmou o presidente da Fecomério, José Lino Sepulcri, em uma reportagem feita pelo Tribuna Online. “Os empresários vão se comprometer a seguir as recomendações do governo em relação à higiene e à segurança”, garantiu.

Para o presidente do Sindicato dos Comerciários (Sindicomerciários), Rodrigo Rocha, não é hora para pensar em abertura do comércio, devido ao aumento do número de infectados no estado. “Estamos caminhando para o auge da pandemia e reabrir as lojas seria jogar fora as ações do governo para conter o vírus. O comércio viraria um local de disseminação nesse momento”, ressaltou, em entrevista ao Tribuna Online.

Férias coletivas

Breno Almeida, empresário da Grande Vitória, declarou ao jornal local que deu férias coletivas para os seus 25 funcionários e fechou quatro lojas de móveis. A esperança dele é de que haja essa reabertura para evitar demissões.

“A partir de segunda-feira não sei o que vou fazer. Suspender os contratos de trabalho até que possamos voltar a abrir é uma opção. Conheço comerciantes que precisaram encerrar suas atividades, sem ter condições de arcar com as despesas”, comentou.

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