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Excessos de estoque no varejo

Por Daniela Maccio - 23 de Setembro 2015
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As sucessivas quedas no faturamento do comércio varejista têm influenciado diretamente a percepção dos empresários de São Paulo e região com relação aos seus estoques. Em setembro, 38,7% dos comerciantes consideraram os estoques acima do adequado. Com isso, o indicador que mede o nível de adequação dos estoques recuou 4,7% no mês e atingiu 91 pontos, o menor valor já registrado pela série histórica, iniciada em junho de 2011. Na comparação com setembro do ano passado, o recuo foi de 16%.

 

Os dados são do Índice de Estoques (IE) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que capta a percepção dos comerciantes sobre o volume de mercadorias estocadas nas lojas e varia de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total). A marca dos 100 pontos é o limite entre inadequação e adequação.

 

O setor de bens duráveis (automóveis, eletroeletrônicos, móveis, entre outros) é o que mais vem sofrendo com a queda das vendas e o excesso de estoques. Em setembro, 49,4% dos empresários consideraram os estoques acima do adequado, um crescimento de 12,1 pontos percentuais se comparado com o mesmo período do ano passado.

 

Segundo a FecomercioSP, os juros altos e a maior seletividade dos bancos, além da mudança no comportamento de compra dos consumidores - que estão muito mais cautelosos e priorizam a aquisição de itens essenciais, como produtos de supermercado e farmácia - foram as principais da queda expressiva das vendas de bens duráveis.

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