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Evolução do consumo das famílias fortalece o resultado do PIB

Revisado Natalia Concentino - 02 de Setembro 2025
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Imagem: Freepik

O consumo das famílias cresceu 0,5% no segundo trimestre de 2025 na comparação com o primeiro trimestre. Esse resultado, impulsionado por uma maior massa salarial e pela manutenção de programas de transferência de renda, foi um dos principais fatores para a alta geral do PIB do país, que registrou 0,4% no período.

 

Apesar do crescimento, o dado indica uma perda de fôlego em comparação com a forte expansão vista em trimestres anteriores. A desaceleração é um reflexo do atual cenário macroeconômico, especialmente a taxa de juros elevada (taxa Selic), que encarece o crédito e desestimula investimentos.

 

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Fatores de Destaque

 

  • Renda e Crédito: O aumento da massa salarial real e os programas sociais continuaram a sustentar a capacidade de compra das famílias, garantindo o crescimento do consumo. Além disso, as operações de crédito para pessoas físicas também mostraram expansão, indicando que os brasileiros estão recorrendo ao crédito para sustentar o consumo de bens e serviços.
  • Inflação: Embora a inflação tenha se mantido sob controle, o impacto dos juros altos no acesso ao crédito sugere que o consumo pode continuar a crescer em um ritmo mais lento nos próximos trimestres.
  • Setores em Destaque: O consumo das famílias impulsionou, em especial, o setor de Serviços, que registrou alta de 0,6%, e a Indústria, que avançou 0,5% no trimestre. Setores como atividades financeiras, transportes e comunicação se beneficiaram diretamente desse movimento.

 

Em resumo, a evolução do consumo das famílias continua sendo um pilar de sustentação para a economia brasileira, mas a tendência é de um avanço mais moderado, influenciado pelo cenário de juros altos e pela cautela no mercado.

 

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